Airbus: o A350 menor “se encaixa e tem um tamanho melhor para a malha da United”, afirmou a aérea (Jasper Juinen/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 7 de setembro de 2017 às 07h00.
Última atualização em 7 de setembro de 2017 às 07h00.
Londres/Chicago/Nova Déli - A Airbus garantiu uma encomenda de 45 aviões A350-900 da United Continental Holdings, mantendo uma importante vitória após uma série de adiamentos de pedidos de empresas aéreas dos EUA pelo principal avião de fuselagem larga da fabricante europeia.
O negócio, avaliado em US$ 14 bilhões antes dos descontos habituais, é uma conversão de um pedido anterior por 35 unidades da variação A350-1000 do jato da Airbus, de maior porte e mais caro.
A aérea havia adiado por prazo indefinido a entrega dos quatro primeiros aviões no início deste ano para analisar planos para sua frota. As entregas dos novos aviões Airbus começarão em 2022, quando a frota de aeronaves Boeing 777-200ER da United terá 25 anos.
O A350 menor “se encaixa e tem um tamanho melhor para a malha da United”, afirmou a aérea em comunicado ao mercado na quarta-feira. O acordo anterior da empresa aérea por 35 aviões A350-1000 tinha um valor de tabela de US$ 12,6 bilhões, segundo os preços atuais. A United busca renovar sua envelhecida frota de aviões de fuselagem larga dos modelos 747 e 777.
A permanência da United, que tem sede em Chicago, como cliente para aviões de fuselagem larga é fundamental para a Airbus, que tem sede em Toulouse, na França, em um momento em que a fabricante de aviões busca expandir as vendas de aviões de dois andares no mercado doméstico da Boeing.
O acordo ampliaria a fila de encomendas da Airbus por aeronaves A350-900, que têm capacidade para 325 assentos, para 673 unidades e reduziria as encomendas do -1000, de 366 lugares, para 177 aeronaves, com base nos últimos cálculos de encomendas e entregas da fabricante de aviões. A mudança deixa clara a pressão sobre os jatos maiores de fuselagem larga em um momento em que empresas aéreas de todo o mundo estão freando a expansão de suas capacidades para conter a pressão sobre os preços das passagens.
A estratégia da United para sua frota está em constante mudança desde que o presidente Scott Kirby chegou à companhia, no ano passado, vindo da American Airlines, onde havia ajudado a negociar uma aquisição do modelo Airbus. O contrato original é anterior à fusão de 2010 da aérea com a Continental Airlines e marcou a primeira encomenda da United de um avião Airbus de fuselagem larga.
O jato de última geração é feito de painéis de compósito de carbono e é parte fundamental dos esforços da Airbus para competir com o Boeing 787 Dreamliner, de menor porte, e com o 777X, de maior porte, este o primeiro avião bimotor construído para transportar mais de 400 passageiros.
“Nos últimos 12 meses a United realizou uma revisão completa para garantir que tenhamos a estratégia de frota certa para longo prazo”, disse Andrew Levy, diretor financeiro da United, em comunicado. “Ficou claro que o A350 se alinha às nossas necessidades de substituição e à nossa malha.”