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Air Berlin injeta capital após venda da Niki para Etihad

Aérea informou que a Niki assumirá suas rotas para destinos turísticos, incluindo Ilhas Canárias, norte da África e Turquia, a de 2017

Air Berlin: companhia aérea amargou um prejuízo líquido em praticamente todos os anos desde 2008 (foto/Wikimedia Commons)

Air Berlin: companhia aérea amargou um prejuízo líquido em praticamente todos os anos desde 2008 (foto/Wikimedia Commons)

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Reuters

Publicado em 5 de dezembro de 2016 às 11h46.

Última atualização em 5 de dezembro de 2016 às 11h47.

Berlim - A Air Berlin venderá participação indireta de 49,8 por cento na austríaca Niki para a acionista Etihad, levantando 300 milhões de euros e trazendo um efeito positivo nos resultados da companhia alemã, que passa por uma abrangente reestruturação, segundo comunicado divulgado nesta segunda-feira.

A Etihad comprou uma fatia de 29 por cento da Air Berlin no início de 2012, esperando usá-la para ampliar sua presença na Europa.

Mas a Air Berlin amargou um prejuízo líquido em praticamente todos os anos desde 2008, registrando lucro apenas em 2012, em consequência da venda do programa de milhagens para a Etihad por 185 milhões de euros.

A Air Berlin, que neste ano foi fortemente prejudicada pela crescente concorrência em rotas para destinos turísticos no oeste do Mediterrâneo, agora planeja focar mais em voos de longa distância, na tentativa de conter as perdas. A empresa também aluga 40 aeronaves e tripulação para a Eurowings, da Lufthansa.

Nesta segunda-feira, a Air Berlin disse que a Niki assumirá suas rotas para destinos turísticos, incluindo Ilhas Canárias, norte da África e Turquia, a de 2017.

A Etihad colocará a Niki dentro de uma nova aérea que será formada com a TUI, quarta maior operadora de turismo da Europa.

"Com essa transação estamos simplificando nosso modelo de negócios, reduzindo nossa dependência de destinos sazonais e melhorando nossa situação financeira", disse o presidente da Air Berlin, Stefan Pichler.

A reestruturação da empresa ocorre num momento em que a Etihad também se esforça para recuperar a Alitalia, outro de seus investimentos. A italiana considera cortar 2 mil empregos, disseram fontes à Reuters.

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