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Agricultura terá perda de R$ 16 bilhões em 2005

PIB do setor vai cair 16% em relação ao resultado do ano passado. Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil estima que saldo comercial em 2006 vai estagnar

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.

Agora já há um número quantificando o tombo do setor agrícola, causado por fatores climáticos, queda dos preços das commodities e depreciação do real: 16 bilhões de reais. O prejuízo foi calculado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/USP).

O recuo do Produto Interno Bruto (PIB) do setor foi estimado com base nos resultados acumulados durante o primeiro semestre. O PIB da agricultura será de 80 bilhões de reais em 2005, 16% menor do que o alcançado no ano passado.

Haverá queda, ainda que bem menor, também no PIB da pecuária, que chegará a 65 bilhões de reais neste ano, 0,5% inferior ao do ano passado. Para o conjunto do PIB do agronegócio, que inclui os setores de insumos, sementes e distribuição, o recuo será de 1,15%, para 528 bilhões de reais.

O aumento da oferta mundial de grãos depreciou as cotações internacionais. Em 2004, o milho era negociado a 330 reais por tonelada, e este ano é cotado a 290. A soja, que valia 790 reais por tonelada ao produtor no ano passado, agora é negociada a 560 (valores corrigidos a preços de agosto de 2005).

Combinado à valorização do real frente ao dólar, a queda dos preços resultou em corrosão das receitas em moeda nacional. Além disso, a safra brasileira apresentou frustração de colheita de 20 milhões de toneladas, graças, entre outros, à incidência da ferrugem asiática nas lavouras de soja.

Saldo

Ainda assim, as mais recentes projeções da CNA indicam que o saldo comercial do agronegócio deve encerrar o ano com superávit de 38 bilhões de dólares, resultado 11,3% superior ao de 2004.

Mas a confederação alerta para uma retração no ritmo de expansão do saldo. O superávit de 2004, por exemplo, foi 32% maior que o de 2003. Caso seja mantida a atual tendência de perda de fôlego das exportações do agronegócio -- a aposta da CNA --, o saldo comercial do setor em 2006 será igual ao de 2005.

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