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Agência S&P rebaixa dívida da Petrobras

Estatal, porém, manteve o grau de investimentos para sua dívida

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's revisou para baixo o nível de risco da dívida em moeda estrangeira da Petrobras e sua subsidiária PfiCo, em resposta ao esforço de financiamento necessário nos próximos cinco anos em meio ao atual cenário adverso e seus planos de investimento.

O rating da estatal caiu de BBB para BBB-, com perspectiva estável, sendo que a agência manteve o Grau de Investimento. Assim, a classificação da empresa voltou ao patamar que se encontrava em maio de 2008, antes da crise financeira se aprofundar.

Segundo a S&P, a mudança foi feita com base em um quadro de preços domésticos e internacionais mais baixos, juntamente com a implementação de um programa de investimentos de 174,4 bilhões de dólares entre 2009 e 2013. Por outro lado, os analistas acreditam que as práticas de governança corporativa da companhia permanecerão sólidas.

"Apesar da expectativa de um maior nível de alavancagem financeira para suportar o robusto plano de investimentos, a S&P espera a manutenção do posicionamento competitivo da companhia no mercado e mantém a perspectiva positiva de crescimento", reforçou a Petrobras em comunicado.

Em resposta, a estatal reiterou reconhecer que seu programa de investimento é robusto, mas manteve o compromisso de manter sua estrutura de capital em níveis compatíveis. Se consolidado, a companhia estima que o plano trará um aumento em sua produção de óleo e gás natural, atingindo 3,6 milhões de barris em 2013 e 5,7 milhões de barris em 2020.

A perspectiva da Petrobras é de que, após o pagamento de dividendos e amortização de dívida, seu fluxo de caixa líquido fique em 148,6 bilhões de dólares, o que, junto com o volume 31 bilhões já contratados, completa o financiamento de seu programa de investimentos até 2013.

Nesta sessão, as ações preferenciais da companhia (PETR4), que costumam apresentar maior liquidez, subiam 1,03% às 10h49, negociadas a 34,23 reais. Ao mesmo tempo, o Ibovespa, principal índice de referência da bolsa brasileira, apresentava alta de 0,61%.

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