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AES Tietê avalia leilões para novas usinas com projeto solar

O movimento faz parte de uma estratégia da AES Tietê de ter 50% de sua geração de caixa proveniente de usinas de fontes renováveis não hídricas

Energia solar: "Estamos avaliando participar do leilão de dezembro com um projeto solar" (shansekala/Thinkstock)
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Reuters

Publicado em 7 de novembro de 2017 às 16h18.

São Paulo - A elétrica AES Tietê, do grupo norte-americano AES, avalia disputar leilões de energia para novas usinas agendados pelo governo para dezembro, nos quais a empresa poderia cadastrar empreendimentos de geração solar, disse em teleconferência nesta terça-feira o presidente da AES Brasil, Julian Nebreda.

O movimento faz parte de uma estratégia da AES Tietê de ter 50 por cento de sua geração de caixa proveniente de usinas de fontes renováveis não hídricas e com contratos de longo prazo até 2020, o que passará também por aquisições e investimentos em projetos de geração própria para clientes comerciais e industriais, chamados de "cogeração" ou "geração distribuída".

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"Estamos avaliando participar do leilão de dezembro com um projeto solar. E por que vamos fazer um projeto solar? Porque solar tem um tempo de desenvolvimento muito curto, podemos desenvolver rapidamente. Está dentro da estratégia da companhia", apontou Nebreda.

A AES Tietê anunciou a busca por expansão em renováveis como usinas eólicas e solares no início deste ano, após uma sequência de temporadas de chuvas abaixo da média na região das hidrelétricas do Brasil que tem impactado o faturamento das empresas que operam hidrelétricas.

Até o momento, a companhia apostou em aquisições para cumprir a meta, como a compra do parque eólico Alto Sertão II junto à Renova Energia, já em operação, e a aquisição de dois projetos solares a serem implementados.

"Trabalhamos em algumas frentes para essa estratégia, e a principal tem sido a aquisição de ativos... Uma segunda frente é a geração distribuída... Estamos nos posicionando, e nosso foco são principalmente projetos em energia solar e cogeração a gás", apontou a diretora de Relações com Investidores da AES Tietê, Clarissa Accorsi.

Os projetos de geração distribuída ou cogeração são encomendados por clientes e desenvolvidos e implementados pela AES Tietê, e são parte também da adaptação da companhia aos "avanços tecnológicos" no setor elétrico, segundo a executiva.

A AES Tietê fechou o terceiro trimestre com lucro de 37,9 milhões de reais, queda de 61 por cento ante mesmo período do ano passado.

A geração de caixa da companhia, medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) caiu 25 por cento no período, para 160,5 milhões de reais.

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