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Aeronautas vão à Justiça contra mudanças nos planos da Varig

Sindicato da categoria questiona alterações no plano de recuperação judicial da companhia

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h38.

O Sindicato Nacional dos Aeronautas está questionando na Justiça do Rio as alterações incluídas no plano de recuperação da Varig. De acordo com Élnio Borges, diretor do sindicato, os aeronautas aprovaram com ressalvas a proposta de venda por meio de leilão, chancelada pelos credores da companhia em assembléia realizada no dia 9 de maio. O questionamento judicial foi apresentado por meio de agravo de instrumento.

Há vários pontos do plano aprovado pelos credores com os quais o sindicato não concorda. O primeiro é a possibilidade de desmembramento da companhia e venda apenas das linhas domésticas, agrupadas na chamada Varig Regional. Os aeronautas são favoráveis à venda conjunta das rotas nacionais e internacionais, incorporadas na Varig Operacional. A proposta aprovada pelos credores estabelece que, durante o leilão, marcado para o dia 5 de junho, serão realizadas duas tentativas de venda da companhia. Na primeira, será oferecida a Varig Operacional, por um preço mínimo de 860 milhões de dólares. Caso não haja interesse pelo negócios, haverá uma segunda tentativa: a venda da Varig Regional por 700 milhões de dólares.

"A assembléia do sindicato inclusive mandou notificar as empresas de que não temos acordo coletivo de trabalho nos termos que eles estão anunciando, para viabilizar a venda da Varig doméstica separada da parte internacional", afirma Borges.

O sindicato também questiona a possibilidade de, numa segunda oferta, a Varig ser vendida por qualquer valor, se o preço mínimo não for atingido na oferta inicial. De acordo com Borges, para continuar com suas atividades, a Varig necessita de injeção de capital, "que não precisa ser mais do que a metade do que eles deram como preço mínimo - 860 milhões de dólares para a Varig Operacional".

Os aeronautas também discordam da destinação dos recursos arrecadados no leilão. No caso da venda da Varig integral por 860 milhões, os credores determinaram que os investimentos na empresas serão limitados a 100 milhões. O restante será para pagamento de dívidas.

Com informações da Agência Brasil.

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