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Acusada de trabalho escravo, Zara não comparece em audiência

Representante da marca espanhola havia sido convidado pela Alesp para prestar esclarecimentos sobre a denúncia

Gonzales foi convidado pela comissão para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de que a Zara usa mão de obra escrava na confecção de seus produtos (Mário Rodrigues/Veja)

Gonzales foi convidado pela comissão para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de que a Zara usa mão de obra escrava na confecção de seus produtos (Mário Rodrigues/Veja)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2011 às 21h25.

São Paulo - O representante das lojas de confecção Zara (marca pertencente à empresa espanhola Inditex) Enrique Huerta Gonzales não compareceu nesta quarta-feira, 31, a uma reunião da comissão instalada pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) que investiga denúncias de exploração de trabalho escravo por empresas instaladas no estado, entre elas, a Zara.

Gonzales foi convidado pela comissão para prestar esclarecimentos sobre a denúncia de que a Zara usa mão de obra escrava na confecção de seus produtos. No dia 26 de julho, fiscais do Ministério do Trabalho encontraram 14 trabalhadores bolivianos e um peruano em situação análoga à escravidão em duas confecções na zona norte de São Paulo. As confecções, que produziam peças da marca Zara, receberam 52 autos de infração. Entre as irregularidades, foram constatadas jornada de trabalho excessiva, servidão por dívida e precária situação de higiene.

As investigações começaram no fim de junho quando os fiscais encontraram 52 trabalhadores, também em condições degradantes, em uma confecção da mesma empresa no município de Americana, no interior de São Paulo. A partir daí, os fiscais passaram a investigar toda a cadeia produtiva da marca Zara.

Por meio de comunicado, o grupo Inditex informou que Gonzales não pôde comparecer hoje à Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana, da Cidadania, da Participação e das Questões Sociais da Alespmas que "coloca-se à disposição da Assembleia Legislativa para colaborar em uma data próxima". Segundo ele, "prazo entre o conhecimento do convite e a data da reunião foi muito exíguo". A nova data ainda não foi definida.

Apesar da ausência da ausência do representantes da Zara, a comissão continuou seus trabalhos na tarde de hoje, ouvindo um dos jornalistas que fez as denúncias sobre o uso de mão de obra escrava pela empresa.

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