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Acionistas processam Cnova por roubos em estoques

Acionistas se sentiram prejudicados porque, “por falta de mecanismos de controle internos”, a Cnova no Brasil sobrestimou seus resultados financeiros

Centro de distribuição da Cnova: acionistas se sentiram prejudicados por conta das irregularidades na gestão (Leandro Fonseca/Exame)

Karin Salomão

Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 16h26.

São Paulo - Um escritório de advocacia norte-americano está movendo uma ação conjunta contra a Cnova, por conta das irregularidades nos estoques da empresa no Brasil.

O escritório de advocacia Glancy Prongay & Murray LLP entrou com um processo em nome dos acionistas da empresa francesa no Tribunal de Justiça do Distrito Sul de Nova York no dia 12 de janeiro.

De acordo com a firma, acionistas se sentiram prejudicados porque, “por falta de mecanismos de controle internos”, a Cnova no Brasil sobrestimou seus resultados financeiros. A Cnova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino , reúne os sites de Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.

Em dezembro, o Casino, dono do Grupo Pão de Açúcar , reportou que investigava possíveis irregularidades em relação à gestão de estoques no Brasil.

Segundo denúncias, funcionários dos centros de distribuição do grupo desviavam eletroeletrônicos devolvidos para depois vendê-los ilegalmente. O esquema ocorria há pelo menos cinco anos.

A Cnova afirmou que havia uma discrepância nos valores de venda e que uma amortização de cerca de 10% do estoque era necessária. Em janeiro, o Casino afirmou que, por conta disso, as receitas líquidas foram sobrestimadas em cerca de 110 milhões de reais até dezembro.

O anúncio fez com que as ações da Cnova despencassem e, em 20 de janeiro, fechassem a 2,28 dólares por ação, queda de 70% em relação ao valor do IPO, de 7 dólares.

Por isso, acionistas se sentiram prejudicados e a empresa de advocacia está processando a companhia francesa, alguns executivos e diretores “pela violação de leis de segurança federais”.

Segundo o processo, a empresa “sobrestimou vendas líquidas, falhou em amortizar os valores de itens devolvidos e que havia discrepância nas contas da empresa em relação a itens devolvidos ou quebrados”. Por isso, a Cnova divulgou resultados acima dos reais, diz a firma.

Procurada por EXAME.com, a Cnova não respondeu até o fechamento dessa matéria. Ao Valor Econômico, a empresa afirmou que "acredita que as alegações são infundadas e pretende se defender vigorosamente" em relação às acusações.

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São Paulo - Um escritório de advocacia norte-americano está movendo uma ação conjunta contra a Cnova, por conta das irregularidades nos estoques da empresa no Brasil.

O escritório de advocacia Glancy Prongay & Murray LLP entrou com um processo em nome dos acionistas da empresa francesa no Tribunal de Justiça do Distrito Sul de Nova York no dia 12 de janeiro.

De acordo com a firma, acionistas se sentiram prejudicados porque, “por falta de mecanismos de controle internos”, a Cnova no Brasil sobrestimou seus resultados financeiros. A Cnova, empresa de comércio eletrônico do grupo francês Casino , reúne os sites de Casas Bahia, Ponto Frio e Extra.

Em dezembro, o Casino, dono do Grupo Pão de Açúcar , reportou que investigava possíveis irregularidades em relação à gestão de estoques no Brasil.

Segundo denúncias, funcionários dos centros de distribuição do grupo desviavam eletroeletrônicos devolvidos para depois vendê-los ilegalmente. O esquema ocorria há pelo menos cinco anos.

A Cnova afirmou que havia uma discrepância nos valores de venda e que uma amortização de cerca de 10% do estoque era necessária. Em janeiro, o Casino afirmou que, por conta disso, as receitas líquidas foram sobrestimadas em cerca de 110 milhões de reais até dezembro.

O anúncio fez com que as ações da Cnova despencassem e, em 20 de janeiro, fechassem a 2,28 dólares por ação, queda de 70% em relação ao valor do IPO, de 7 dólares.

Por isso, acionistas se sentiram prejudicados e a empresa de advocacia está processando a companhia francesa, alguns executivos e diretores “pela violação de leis de segurança federais”.

Segundo o processo, a empresa “sobrestimou vendas líquidas, falhou em amortizar os valores de itens devolvidos e que havia discrepância nas contas da empresa em relação a itens devolvidos ou quebrados”. Por isso, a Cnova divulgou resultados acima dos reais, diz a firma.

Procurada por EXAME.com, a Cnova não respondeu até o fechamento dessa matéria. Ao Valor Econômico, a empresa afirmou que "acredita que as alegações são infundadas e pretende se defender vigorosamente" em relação às acusações.

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