Accor avança no país sobre hotéis independentes
Em 46 anos, a família Pires abriu as portas de cinco empreendimentos, que, juntos, têm, hoje, quase 700 quartos
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2015 às 10h30.
São Paulo - Foi dividindo o tempo entre a administração de uma farmácia e de um pequeno hotel de 19 quartos, no início da década de 70, que a família Pires abriu caminho para se tornar dona de uma das principais redes hoteleiras de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Em 46 anos, os Pires abriram as portas de cinco empreendimentos, que, juntos, têm, hoje, quase 700 quartos.
Nas estatísticas do setor, com 9,9 mil hotéis espalhados pelo País e 485 mil apartamentos, o negócio dos Pires desaparece. Mas por trás da aparente irrelevância está uma história que ajuda a entender os movimentos da maior operadora hoteleira do País - a Accor -, num momento em que o setor, assim como tantos outros da economia, sente os efeitos da crise.
Dona das bandeiras Ibis e Mercure, a rede francesa quer repetir neste ano o mesmo feito de 2014, quando bateu o recorde de hotéis abertos no Brasil.
No ano passado, entraram em operação 29 unidades - ritmo superior ao de operações em países como China e Indonésia.
Neste ano, a meta é abrir as portas de um hotel a cada 12 dias, ou seja, mais de 30 unidades. Por ser líder absoluta no mercado brasileiro, com 220 hotéis, a Accor é vista como termômetro para os outros competidores.
Para manter o ritmo de expansão, em tempos de vacas magras, a companhia vai intensificar o que é conhecido no ramo hoteleiro por "conversão".
Em vez de priorizar empreendimentos desenvolvidos do zero, a rede quer colocar sua marca em hotéis que já estão operando e, em geral, pertencem a grupos familiares, como os da família Pires, de Santa Catarina, ou dos Pontes, donos de três hotéis em Pernambuco, que serão convertidos neste mês.
"É uma questão de oportunidade, já que os pequenos negócios do setor estão pressionados por um aumento de custo e queda na demanda de hóspedes", diz Patrick Mendes, executivo francês que vai assumir a operação da Accor no Brasil a partir de 1.º de julho. Ele tem a meta de chegar a 2020 com 500 hotéis no portfólio.
Além dos 158 que já estão em construção para abertura nos próximos três anos, a companhia tem 49 contratos assinados até agora, dos quais 21 foram firmados nos últimos seis meses.
Parte desses hotéis será aberta sob a bandeira econômica Ibis Styles, lançada no ano passado no Brasil, justamente para facilitar as conversões. O novo Ibis não segue a padronização rigorosa das outras bandeiras da rede, o que facilita a adaptação dos hotéis familiares.
"Isso abrevia a abertura dos empreendimentos", diz Abel Castro, diretor de desenvolvimento da Accor para as Américas. "Iniciar a operação de um hotel desenvolvido do zero pode levar de quatro a cinco anos, enquanto a conversão pode ser feita em até quatro meses." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - Foi dividindo o tempo entre a administração de uma farmácia e de um pequeno hotel de 19 quartos, no início da década de 70, que a família Pires abriu caminho para se tornar dona de uma das principais redes hoteleiras de Balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Em 46 anos, os Pires abriram as portas de cinco empreendimentos, que, juntos, têm, hoje, quase 700 quartos.
Nas estatísticas do setor, com 9,9 mil hotéis espalhados pelo País e 485 mil apartamentos, o negócio dos Pires desaparece. Mas por trás da aparente irrelevância está uma história que ajuda a entender os movimentos da maior operadora hoteleira do País - a Accor -, num momento em que o setor, assim como tantos outros da economia, sente os efeitos da crise.
Dona das bandeiras Ibis e Mercure, a rede francesa quer repetir neste ano o mesmo feito de 2014, quando bateu o recorde de hotéis abertos no Brasil.
No ano passado, entraram em operação 29 unidades - ritmo superior ao de operações em países como China e Indonésia.
Neste ano, a meta é abrir as portas de um hotel a cada 12 dias, ou seja, mais de 30 unidades. Por ser líder absoluta no mercado brasileiro, com 220 hotéis, a Accor é vista como termômetro para os outros competidores.
Para manter o ritmo de expansão, em tempos de vacas magras, a companhia vai intensificar o que é conhecido no ramo hoteleiro por "conversão".
Em vez de priorizar empreendimentos desenvolvidos do zero, a rede quer colocar sua marca em hotéis que já estão operando e, em geral, pertencem a grupos familiares, como os da família Pires, de Santa Catarina, ou dos Pontes, donos de três hotéis em Pernambuco, que serão convertidos neste mês.
"É uma questão de oportunidade, já que os pequenos negócios do setor estão pressionados por um aumento de custo e queda na demanda de hóspedes", diz Patrick Mendes, executivo francês que vai assumir a operação da Accor no Brasil a partir de 1.º de julho. Ele tem a meta de chegar a 2020 com 500 hotéis no portfólio.
Além dos 158 que já estão em construção para abertura nos próximos três anos, a companhia tem 49 contratos assinados até agora, dos quais 21 foram firmados nos últimos seis meses.
Parte desses hotéis será aberta sob a bandeira econômica Ibis Styles, lançada no ano passado no Brasil, justamente para facilitar as conversões. O novo Ibis não segue a padronização rigorosa das outras bandeiras da rede, o que facilita a adaptação dos hotéis familiares.
"Isso abrevia a abertura dos empreendimentos", diz Abel Castro, diretor de desenvolvimento da Accor para as Américas. "Iniciar a operação de um hotel desenvolvido do zero pode levar de quatro a cinco anos, enquanto a conversão pode ser feita em até quatro meses." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.