Accor aposta no Brasil para avançar na América Latina
Mais cedo, a companhia anunciou acordo para comprar o portfólio sul-americano de hotéis do grupo mexicano Posadas por 275 milhões de dólares
Da Redação
Publicado em 16 de julho de 2012 às 15h49.
São Paulo - O cenário pessimista de crise econômica na Europa levou a Accor a eleger a América Latina como motor de crescimento do grupo nos próximos três anos, prazo em que a empresa planeja elevar em quase 50 por cento o número de hotéis na região, tendo o Brasil como carro-chefe.
"Em três anos, vamos passar de 300 hotéis na América Latina, o que representa um marco de escala para o grupo, mantendo a relação de cerca de 80 por cento (desses hotéis) no Brasil", disse à Reuters o vice-presidente operacional da Accor na América Latina, Roland de Bonadona, nesta segunda-feira.
Mais cedo, a companhia anunciou acordo para comprar o portfólio sul-americano de hotéis do grupo mexicano Posadas por 275 milhões de dólares.
A operação inclui 15 hotéis no Brasil, Argentina e Chile, além de 14 hotéis sob contrato de operação e duas marcas operadas pelo Grupo Posadas na América do Sul --Ceasar Park e Ceasar Business.
Com isso, segundo Bonadona, a Accor alcança o objetivo de superar 200 hotéis em operação na América Latina. Hoje, a companhia possui 189 empreendimentos na região, sendo 153 deles no Brasil, que responde por cerca de 80 por cento do faturamento da companhia na América Latina, mas por menos de 10 por cento da receita do grupo mundialmente.
"O Brasil é o carro-chefe na expansão do grupo na América Latina", disse ele, citando também Chile, Argentina, Peru e Colômbia. "Nas grandes cidades vemos demanda crescente por hotéis de quatro e cinco estrelas." Embora a realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016, no país abram espaço para um maior avanço do setor hoteleiro brasileiro, Bonadona apontou o cenário macroeconômico como o principal fator responsável por alavancar o desenvolvimento do segmento.
"Esses eventos favorecem o movimento de negócios e alimentam a demanda hoteleira, mas a tendência de crescimento da demanda nos mercados latino-americanos, principalmente no Brasil, está baseada no crescimento da economia, no avanço da classe média e das demais (classes)", disse.
Para alcançar a marca de 300 hotéis em três anos, o executivo afirmou não descartar novas aquisições, em função principalmente da dificuldade de se obter terrenos adequados para construção de novos projetos, aliada à concorrência com altos volumes de empreendimentos residenciais e comerciais.
Ele assinalou, entretanto, que a prioridade será a integração da operação com o grupo Posadas, o que inclui a definição sobre o futuro da bandeira Ceasar, considerada forte pelo grupo.
"Ainda é cedo para responder, mas estamos longe de descartar o aproveitamento dessa bandeira nas operações atuais e futuras... É um ativo importante", afirmou.
A Accor planeja concluir a compra do grupo Posadas até o fim de 2012.
São Paulo - O cenário pessimista de crise econômica na Europa levou a Accor a eleger a América Latina como motor de crescimento do grupo nos próximos três anos, prazo em que a empresa planeja elevar em quase 50 por cento o número de hotéis na região, tendo o Brasil como carro-chefe.
"Em três anos, vamos passar de 300 hotéis na América Latina, o que representa um marco de escala para o grupo, mantendo a relação de cerca de 80 por cento (desses hotéis) no Brasil", disse à Reuters o vice-presidente operacional da Accor na América Latina, Roland de Bonadona, nesta segunda-feira.
Mais cedo, a companhia anunciou acordo para comprar o portfólio sul-americano de hotéis do grupo mexicano Posadas por 275 milhões de dólares.
A operação inclui 15 hotéis no Brasil, Argentina e Chile, além de 14 hotéis sob contrato de operação e duas marcas operadas pelo Grupo Posadas na América do Sul --Ceasar Park e Ceasar Business.
Com isso, segundo Bonadona, a Accor alcança o objetivo de superar 200 hotéis em operação na América Latina. Hoje, a companhia possui 189 empreendimentos na região, sendo 153 deles no Brasil, que responde por cerca de 80 por cento do faturamento da companhia na América Latina, mas por menos de 10 por cento da receita do grupo mundialmente.
"O Brasil é o carro-chefe na expansão do grupo na América Latina", disse ele, citando também Chile, Argentina, Peru e Colômbia. "Nas grandes cidades vemos demanda crescente por hotéis de quatro e cinco estrelas." Embora a realização da Copa do Mundo, em 2014, e dos Jogos Olímpicos, em 2016, no país abram espaço para um maior avanço do setor hoteleiro brasileiro, Bonadona apontou o cenário macroeconômico como o principal fator responsável por alavancar o desenvolvimento do segmento.
"Esses eventos favorecem o movimento de negócios e alimentam a demanda hoteleira, mas a tendência de crescimento da demanda nos mercados latino-americanos, principalmente no Brasil, está baseada no crescimento da economia, no avanço da classe média e das demais (classes)", disse.
Para alcançar a marca de 300 hotéis em três anos, o executivo afirmou não descartar novas aquisições, em função principalmente da dificuldade de se obter terrenos adequados para construção de novos projetos, aliada à concorrência com altos volumes de empreendimentos residenciais e comerciais.
Ele assinalou, entretanto, que a prioridade será a integração da operação com o grupo Posadas, o que inclui a definição sobre o futuro da bandeira Ceasar, considerada forte pelo grupo.
"Ainda é cedo para responder, mas estamos longe de descartar o aproveitamento dessa bandeira nas operações atuais e futuras... É um ativo importante", afirmou.
A Accor planeja concluir a compra do grupo Posadas até o fim de 2012.