São Paulo - Em todo ano de Copa do Mundo é a mesma coisa: meses antes das partidas começarem, colecionar figurinhas de jogadores se torna hobby (ou vício) para muitos brasileiros.
E na ânsia para completar o álbum, qualquer lugar pode virar posto de troca, seja a faculdade, a padaria da esquina, ou mesmo o trabalho.
Ligada no engajamento que essa "mania" pode proporcionar, a consultoria Accenture decidiu oficializar o movimento.
No início de abril, cada um dos 9,5 mil funcionários recebeu da empresa um álbum e dois pacotes de figurinhas (com 5 unidades) para iniciar a sua coleção.
Os kits foram distribuídos em todos os 11 escritórios da organização no país. Além disso, a companhia não só permite como também ajuda a organizar "eventos" para o intercâmbio de figurinhas.
"O que há por trás disso é um ambiente de integração muito gostoso, que impacta não só a nossa equipe, mas também as famílias e vai além do ambiente de empresa", diz Silvia Tyrola, gerente de Cidadania da Accenture.
Segundo ela, as trocas acontecem quase todos os dias, durante o intervalo para o almoço, em salas da empresa. Os encontros são marcados por um grupo de funcionários voluntários e divulgados pelo departamento de comunicação interna, via e-mail.
"Na Copa anterior, isso já havia acontecido. Foi daí que tiramos a ideia de doar os kits de coleção. Nos últimos 20 dias, os eventos viraram uma febre", conta Silvia.
Clima de Copa
Além de doar as figurinhas para a equipe, a Accenture organiza um bolão corporativo. Por meio de uma ferramenta online, disponibilizada na intranet da empresa, os empregados podem dar seu palpite sobre o resultado de cada um dos jogos da Copa. Os que fizerem mais pontos, serão premiados.
No clima do mundial, a consultoria criou ainda um concurso de fotos sobre torcida. Na intranet, foi aberta uma página em que os funcionários podem postar fotos de competições anteriores. Quando acabarem os jogos no Brasil, o dono da imagem mais "curtida" ganhará brindes.
Outra iniciativa que a Accenture adotou para motivar a equipe foi um quizz de curiosidades sobre Copas do Mundo. Na intranet, a empresa lança perguntas e quem acerta a resposta é premiado.
Desde o fim de abril, duas questões foram postadas e houve apenas um ganhador para cada. A ideia é realizar 10 quizzes até o término do campeonato.
Todos os brindes serão entregues pela empresa ao fim do mundial no Brasil. A Accenture ainda está escolhendo alguns prêmios, mas entre eles estarão camisetas oficiais e mini brazucas (bolas da Copa).
São Paulo – Daqui pouco menos de um mês, um dos eventos mais esperados do mundo irá começar: a
Copa do Mundo no Brasil.
Empreendedores e pequenos empresários podem aproveitar o período do evento para faturar mais. De acordo com o Sebrae, as micro e
pequenas empresas devem faturar 500 milhões de reais com a Copa. Para Mark Paladino, sócio do Instituto Aquila, consultoria em gestão avançada, é um pouco tarde, mas ainda dá tempo de planejar uma ação para o evento. “As empresas podem direcionar sua estratégia para absorver os turistas que estarão na cidade. Criar alguns eventos festivos de celebração, antes ou durante dos jogos”, explica. A recomendação para quem já se preparou e tem muita expectativa para faturar durante o próximo mês é clara: não deixe de monitorar. “Tem que ter uma gestão eficiente, acompanhar os resultados e observar a performance diariamente”, ensina Paladino. Veja seis exemplos de empresas de setores diversos que estão prontas para a Copa do Mundo no Brasil.
2. Terraço Itália 2 /8(Divulgação/Terraço Itália)
Um dos principais pontos turísticos do centro de São Paulo, o Terraço Itália atrai pela sua história e pela possibilidade de ver a capital do alto. André Marques, gerente geral do Terraço Itália, conta que o espaço recebe muitos eventos corporativos e que algumas empresas vão aproveitar a Copa para relacionar-se com seus clientes. Assim surgiu a ideia de um camarote para assistir aos jogos da Copa do Mundo no Bar do Terraço Itália. Cada ingresso custa 151 reais e dá direito a alguns petiscos. O local preparou ainda coquetéis inspirados em países do mundial. De acordo com Marques, a preparação para o evento inclui um reforço da equipe nos horários dos jogos e a instalação de telões e uma sonorização adequada. Até agora, o jogo que tem mais reservas é o do dia 23 de junho, entre Holanda e Chile. A expectativa é faturar 25% mais.
3. Pub Crawl São Paulo 3 /8(Divulgação/Pub Crawl São Paulo)
Os horários em que serão transmitidos os jogos da Copa do Mundo não serão o foco da estratégia do Pub Crawl São Paulo, que oferece tours gastronômicos e em baladas pela cidade. “Vamos focar na torcida”, resume Kyu Bill, um dos cinco sócios da empresa. “A cidade é a principal porta de entrada de turistas e é uma cidade sede. Vai ter um clima festivo, movimentação, e esse clima vai se estender fora dos jogos”, conta. A equipe dobrou, passando a 40 pessoas e, desde ano passado, a marca tem diversificado seus produtos. Os tours variam de 20 a 95 reais por pessoa. O faturamento esperado até o final do ano é de 1 milhão de reais, o dobro do ano passado. Hoje, a empresa trabalha com até sete eventos semanais. Bill explica que a alta temporada da empresa coincide com os meses do mundial. O Pub Crawl São Paulo espera atender, em média, cinco mil pessoas nesse período.
4. Vuvuzela do Brasil 4 /8(Divulgação/Vuvuzela do Brasil)
O e-commerce Vuvuzla do Brasil começou suas operações no ano passado e a ideia de criar o negócio surgiu quando Eduardo Sani, consultor de marketing digital, estava preparando uma apresentação. “Ninguém vendia vuvuzela ainda no mercado e vi que o volume de pesquisas ainda era alto. Pesquisei e vi que não tinha nenhum site do tipo”, resume. Ele se uniu ao empreendedor Vinícius Prado Ramos e investiu 20 mil reais. A Copa das Confederações foi o teste da empresa e eles venderam 1,4 mil vuvuzelas. A estratégia da dupla é de investir em mídia online e anúncios no Google e Facebook. Além disso, a marca fez uma parceria com lojas físicas em São Paulo para vender produtos por consignação. No site é possível comprar não só vuvuzelas, mas também camisetas, perucas e cornetas. A maior demanda vem de empresas que estão comprando os produtos para ações de marketing. Nos próximos três meses, a expectativa é de faturar 180 mil reais. Mesmo após a Copa, o site estará no ar, pois os empreendedores querem aproveitar as Olimpíadas de 2016.
5. Lush Motel 5 /8(Divulgação/Lush Motel)
Com a possível falta de hospedagem, o Lush Motel criou um formato especial para turistas, com cobrança por diária. Felipe Martinez, diretor de marketing da empresa, explica que o objetivo não é disputar com os hotéis, pois algumas regras do motel serão mantidas, como a proibição do acesso a menores de idade. “É voltado casais que buscam hospedagem, mas com um pouco de privacidade”, explica. O valor de uma diária varia de 360 reais a 1,5 mil reais, com café da manhã incluso. Até agora, foram confirmadas 37 reservas de estrangeiros. Durante a Copa, a fachada do motel será iluminada nas cores verde e amarelo e os chinelos também terão com o tema do evento. Além disso, a marca investiu em uma versão do site em inglês e contratou um professor de inglês para treinar a equipe. O investimento foi de 50 mil reais e a expectativa da empresa é que o faturamento cresça 10% em junho.
6. Amazonas Brands 6 /8(Divulgação/Amazonas Brands)
A Amazonas Brands faz parte do Grupo Amazonas e firmou a parceria com a FIFA para desenvolver as sandálias oficiais da Copa do Mundo. A marca tem um mix de 39 chinelos especiais para o evento. Os modelos são inspirados no mascote oficial, o Fuleco, nas bandeiras de algumas seleções que participarão do mundial, na taça e nas cidades sedes como o Rio. A expectativa de vendas é de 1 milhão de pares e o aumento de produção foi de 28%. Os chinelos podem ser encontrados nas lojas oficiais da FIFA e os preços partem de 29,90 reais.
7. Seven Idiomas 7 /8(Divulgação/Seven Idiomas)
Fundada em 1987, a Seven Idiomas é especializada no ensino do inglês e espanhol. Em 2012, a marca desenvolveu um curso pensando nos eventos como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas. De acordo com o CEO da empresa, Steven Beggs, as aulas foram pensadas para que os alunos aprendessem estruturas essenciais para se comunicar com turistas e situações que cada tipo de profissional terá que vivenciar. A empresa treinou cerca de 500 pessoas, como os funcionários do Airport Bus Service. A carga horária do treinamento é de 100 horas e o curso custa, em média, 2 mil reais por aluno. A abordagem das aulas depende das necessidades da empresa contratante.
8. Agora, veja mais sobre empreendedorismo 8 /8(Buda Mendes/Getty Images)