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Acabou? Mastercard e Visa deixam criptomoeda libra, diz jornal

Após saída do PayPal, The Wall Street Journal aponta que novas empresas de peso podem deixar o grupo que apoia a criptomoeda idealizada pelo Facebook

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Libra: Desde que foi anunciada, a moeda vem sendo criticada por governantes e associações mundo afora (Thomas Trutschel/Getty Images)

Libra: Desde que foi anunciada, a moeda vem sendo criticada por governantes e associações mundo afora (Thomas Trutschel/Getty Images)

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Carolina Riveira

Publicado em 11 de outubro de 2019, 18h26.

Última atualização em 11 de outubro de 2019, 18h30.

O plano do Facebook de ter uma criptomoeda parece estar cada vez mais distante. As bandeiras Mastercard e Visa, a empresa de e-commerce eBay e a empresa de pagamentos Stripe vão deixar o grupo que desenvolve a Libra, projeto de criptomoeda liderado pelo Facebook, segundo informação do jornal The Wall Street Journal

As empresas ainda não anunciaram oficialmente a saída. A debandada acontece uma semana depois de a empresa de pagamentos PayPal também anunciar sua retirada do projeto. Na ocasião, o Paypal afirmou que continua apoiando a missão da libra e pensaria em outras formas de colaborar no futuro.

A libra foi anunciada em junho deste ano, e, embora tenha ficado conhecida como "a moeda do Facebook", o projeto tinha a participação de mais de 20 empresas de tecnologia e do setor financeiro.

Dante Disparte, diretor de políticas públicas e comunicação da Associação Libra, grupo que comanda o projeto, disse na semana passada ao The Wall Street Journal que 1.500 entidades mostraram interesse em participar da libra.

Ainda assim, sem a participação das duas principais bandeiras de cartão e de nomes de peso como o PayPal, o Facebook fica cada vez mais sozinho na difícil missão de levar a empreitada adiante. Desde que a libra foi anunciada, a moeda vem sendo criticada por governantes e associações mundo afora, que apontam desde os problemas de privacidade do Facebook quanto a possibilidade de o sistema ser usado por criminosos para lavar dinheiro.

Os representantes da Libra já precisaram responder a questionamentos sobre o tema tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Comitê de Serviços Financeiros da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos quer que o presidente do Facebook, Mark Zuckerberg, compareça à Casa para falar sobre a libra até janeiro.

A moeda foi ideia de David Marcus, um ex-presidente do PayPal que trabalha no Facebook desde 2014 e que, no ano passado, criou uma divisão para trabalhar aplicações de blockchain dentro da empresa. No blockchain, transações podem ser checadas e verificadas por qualquer pessoa, tanto usuários quanto o governo, de modo que seus defensores afirmam que é o sistema mais seguro e transparente de lidar com dinheiro.

A Associação Libra promete que a moeda terá valor “relativamente estável” porque será baseada em ativos como títulos públicos seguros — diferente de outras criptomoedas, como o bitcoin, que podem flutuar na casa dos milhares de dólares em um mês.

Contudo, enquanto os governos temem que uma nova moeda sem regulação rigorosa bagunce os mercados mundiais, a comunidade de criptomoedas tem o pé atrás com o fato de que a libra tem dono e não é descentralizada como o bitcoin.

A expectativa era de que a libra fosse lançada no primeiro semestre do ano que vem, mas, agora, não se sabe se o prazo se manterá.

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