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A Lenovo imita a Apple para tentar ultrapassar a Samsung

A empresa está construindo lojas com objetivo de criar um lugar muito diferente do típico bazar chinês de produtos eletrônicos


	Smartphone da Lenovo: ao contrário da Apple, que concentra seus esforços comerciais no iPhone 5, as lojas da Lenovo têm pelo menos dez modelos da linha IdeaPhone
 (David Paul Morris/Bloomberg)

Smartphone da Lenovo: ao contrário da Apple, que concentra seus esforços comerciais no iPhone 5, as lojas da Lenovo têm pelo menos dez modelos da linha IdeaPhone (David Paul Morris/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 26 de agosto de 2013 às 14h59.

Pequim - Copiando uma página do manual da Apple Inc., empresa da qual já ganhou em vendas de smartphones na China, a Lenovo Group Ltd. está contando com uma rede de lojas varejistas para ajudá-la a ganhar da líder Samsung Electronics Co.

As lojas fazem parte de uma estratégia para ultrapassar a Samsung no maior mercado de smartphones do mundo, oferecendo uma linha de dispositivos num lugar muito diferente do típico bazar chinês de produtos eletrônicos. Chen Xudong, o presidente de operações da Lenovo na China, não tem medo das comparações com a Apple e com uma estratégia que tornou a fabricante do iPhone a companhia tecnológica mais valiosa do mundo.

Ao contrário da Apple, que concentra seus esforços comerciais no iPhone 5, as lojas da Lenovo têm pelo menos dez modelos da linha IdeaPhone, do A376, de 749 yuan (US$ 122) ao K900, de 3.299 yuan.

TVs com internet

As duas empresas vendem computadores e laptops. No entanto, as lojas da Lenovo oferecem uma linha de produtos que a Apple não tem: televisões inteligentes com conexão à Internet. A Lenovo também tem seis tablets com um preço a partir de 999 yuan.

A Lenovo, famosa globalmente pelos seus laptops ThinkPad, está se expandindo com mais força para outros dispositivos a fim de aproveitar mudanças nas tendências de consumo e proteger-se da queda na demanda de computadores. A companhia espera superar a Samsung em vendas de smartphones na China dentro de dois anos, disse Chen.

Antigamente a Lenovo tinha 40.000 lojas com parceiros na China. Desde que começou a vender smartphones em 2010, a empresa começou a imitar a estratégia varejista da Apple, que tem mais de 400 lojas em todo o mundo.

Menos legal

“A Lenovo está aprendendo da Apple a abrir suas próprias lojas para aumentar sua influência entre os consumidores e tornar-se uma marca mais reconhecida”, disse Wang Jun, analista na empresa de pesquisas Analysis International em Pequim. Contudo, Wang afirma que a Lenovo não é “tão legal” quando a Apple ou a Samsung.


A maior variedade de produtos ajudou a Lenovo a ultrapassar a Apple na China. A companhia chegou à segunda posição em envios de smartphones no segundo trimestre de 2012; no trimestre anterior, era a sétima colocada. A Lenovo manteve o segundo lugar desde então.

A Samsung, a fabricante sul-coreana dos celulares Galaxy, tem quase 5.000 lojas na China. A empresa liderou o mercado de smartphones do país com 18 por cento no segundo trimestre. A Lenovo é segunda com 12 por cento, segundo a empresa de pesquisas Canalys.

Fora da China, a Lenovo ainda está muito atrás da Samsung e da Apple. Os maiores vendedores de smartphones do mundo no segundo trimestre foram a Samsung com 30 por cento, a Apple com 13 por cento, a LG Electronics Inc. com 5,1 por cento e a Lenovo com 4,7 por cento, segundo a empresa de pesquisa IDC.

Embora a Lenovo não tenha planos para abrir lojas próprias fora da China, o objetivo é abrir mais lojas dedicadas a seus produtos com parceiros. Na Índia, o número desse tipo de loja crescerá 50 por cento neste ano, para 1.200, segundo Milko Van Duijl, presidente para a região da Ásia-Pacífico.

Para que o investimento renda, a Lenovo terá que aprender mais da estratégia varejista da Apple do que simplesmente abrir lojas, disse Jean-Louis Lafayeedney, analista da Jl Asia em Hong Kong.

“A fortaleza das lojas da Apple é a exposição direta aos consumidores e seu serviço pós-venda, que não tem paralelo”, disse Lafayeedney. Isso é “importante para ganhar uma base de clientes fiéis, pois os consumidores são volúveis. Desenvolver a fidelização de uma marca leva tempo”.

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