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A fulgurante queda de Rebekah Brooks, a rainha da imprensa marrom

A protegida pelo todo-poderoso magnata da imprensa Rupert Murdoch está em liberdade condicional por corrupção de policiais e cumplicidade em escutas telefônicas ilegais

Rebekah Brooks foi a primeira mulher e a mais jovem a dirigir um jornal na história da imprensa nacional britânica (Christopher Furlong/Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de julho de 2011 às 15h42.

Londres - A queda de Rebekah Brooks foi tão fulgurante quanto sua ascensão, e se acelerou em 48 horas: "a rainha dos tabloides" britânicos, convocada na terça-feira pela comissão parlamentar, está em liberdade condicional por corrupção de policiais e cumplicidade em escutas telefônicas ilegais.

No domingo, a protegida pelo todo-poderoso magnata da imprensa Rupert Murdoch saiu de uma delegacia de polícia após 12 horas de intenso interrogatório.

Há uma semana, esta ruiva de 43 anos aparecia sorridente ao lado de seu mentor Rupert Murdoch. O magnata acabava de cruzar o Atlântico para assumir pessoalmente as rédeas do caso das escutas telefônicas ilegais praticadas pelo News of the World (NotW), símbolo da divisão britânica do grupo News Corp. "Minha prioridade? É ela", disse o magnata.

Mas uma cascata de acontecimentos abalou em poucos dias a News Corp, um dos grupos de mídia mais poderosos do mundo, assim como sua filial britânica News International, dirigida por Brooks, que mudou a vida da que, durante muito tempo, era considerada "a quinta filha de Rupert".

O patriarca de 80 anos fechou o NotW abandonou um projeto de expansão no Reino Unido e sacrificou seus dois principais funcionários, Rebekah e Les Hinton, companheiro de meio século.

Tão fulgurante quanto sua ascensão foi sua queda.

De acordo com sua biografia, Brooks passou pela Universidade de Sorbonne, em Paris, e pela imprensa britânica provincial.

Depois de prometer aos 14 anos que seria jornalista, entrou como secretária no NotW em 1989. Onze anos depois converteu-se na primeira mulher e na mais jovem a dirigir um jornal na história da imprensa nacional britânica.


Em 2003 passou ao Sun, outro tabloide do grupo. E 2009 foi o ano de sua consagração: converteu-se em diretora-geral da News International.

Ao longo destes anos demonstrou dotes para as relações públicas, universalmente reconhecidas, uma ambição e uma audácia fora do comum, assim como um caráter particularmente bem-humorado.

Brooks é retratada sobretudo com uma polêmica campanha na qual instava a denunciar os pedófilos, cujos nomes e endereços foram publicados pelo NotW. A lenda também diz que ela não hesitou em se disfarçar de funcionária da limpeza para entrar no Sunday Times para conseguir um furo.

Em 2009, políticos, atores, celebridades e até Rupert Murdoch compareceram ao segundo casamento de Brooks, ex-Wade, em uma propriedade burguesa de Oxfordshire, um campo inglês por excelência, com um ex-domador de cavalos.

Brooks aparecia um dia sim e outro também na imprensa de fofocas, apesar da discrição com sua vida privada. A agenda e a habilidade com as pessoas de Brooks são inigualáveis.

Mas em um piscar de olhos, a estrela dos jantares e das festas que passou o último Natal com o primeiro-ministro David Cameron tornou-se uma pária.

Os partidos políticos aplaudiram de forma unânime sua demisão, assim como alguns investidores da News Corp.

O escândalo voltou a ressurgir. Muitas das 4 mil escutas praticadas pelo NotW nos anos 2000 ocorreram quando ela estava à frente do jornal.

A polícia, que voltou a abrir a investigação, deseja interrogá-la sobre as declarações que fez diante de uma comissão parlamentar em 2003, quando admitiu que pagaram a polícia para obter informações no passado, declarou na época.

"Compreenderão em um ano", disse Rebekah Brooks, com lágrimas nos olhos, quando anunciou há alguns dias o fim do NotW aos 200 funcionários atônitos. A misteriosa confidência era a prévia de notícias sensacionais.

Brooks pode ser uma das principais vítimas. As acusações contra ela podem desencadear em vários anos de prisão.

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Londres - A queda de Rebekah Brooks foi tão fulgurante quanto sua ascensão, e se acelerou em 48 horas: "a rainha dos tabloides" britânicos, convocada na terça-feira pela comissão parlamentar, está em liberdade condicional por corrupção de policiais e cumplicidade em escutas telefônicas ilegais.

No domingo, a protegida pelo todo-poderoso magnata da imprensa Rupert Murdoch saiu de uma delegacia de polícia após 12 horas de intenso interrogatório.

Há uma semana, esta ruiva de 43 anos aparecia sorridente ao lado de seu mentor Rupert Murdoch. O magnata acabava de cruzar o Atlântico para assumir pessoalmente as rédeas do caso das escutas telefônicas ilegais praticadas pelo News of the World (NotW), símbolo da divisão britânica do grupo News Corp. "Minha prioridade? É ela", disse o magnata.

Mas uma cascata de acontecimentos abalou em poucos dias a News Corp, um dos grupos de mídia mais poderosos do mundo, assim como sua filial britânica News International, dirigida por Brooks, que mudou a vida da que, durante muito tempo, era considerada "a quinta filha de Rupert".

O patriarca de 80 anos fechou o NotW abandonou um projeto de expansão no Reino Unido e sacrificou seus dois principais funcionários, Rebekah e Les Hinton, companheiro de meio século.

Tão fulgurante quanto sua ascensão foi sua queda.

De acordo com sua biografia, Brooks passou pela Universidade de Sorbonne, em Paris, e pela imprensa britânica provincial.

Depois de prometer aos 14 anos que seria jornalista, entrou como secretária no NotW em 1989. Onze anos depois converteu-se na primeira mulher e na mais jovem a dirigir um jornal na história da imprensa nacional britânica.


Em 2003 passou ao Sun, outro tabloide do grupo. E 2009 foi o ano de sua consagração: converteu-se em diretora-geral da News International.

Ao longo destes anos demonstrou dotes para as relações públicas, universalmente reconhecidas, uma ambição e uma audácia fora do comum, assim como um caráter particularmente bem-humorado.

Brooks é retratada sobretudo com uma polêmica campanha na qual instava a denunciar os pedófilos, cujos nomes e endereços foram publicados pelo NotW. A lenda também diz que ela não hesitou em se disfarçar de funcionária da limpeza para entrar no Sunday Times para conseguir um furo.

Em 2009, políticos, atores, celebridades e até Rupert Murdoch compareceram ao segundo casamento de Brooks, ex-Wade, em uma propriedade burguesa de Oxfordshire, um campo inglês por excelência, com um ex-domador de cavalos.

Brooks aparecia um dia sim e outro também na imprensa de fofocas, apesar da discrição com sua vida privada. A agenda e a habilidade com as pessoas de Brooks são inigualáveis.

Mas em um piscar de olhos, a estrela dos jantares e das festas que passou o último Natal com o primeiro-ministro David Cameron tornou-se uma pária.

Os partidos políticos aplaudiram de forma unânime sua demisão, assim como alguns investidores da News Corp.

O escândalo voltou a ressurgir. Muitas das 4 mil escutas praticadas pelo NotW nos anos 2000 ocorreram quando ela estava à frente do jornal.

A polícia, que voltou a abrir a investigação, deseja interrogá-la sobre as declarações que fez diante de uma comissão parlamentar em 2003, quando admitiu que pagaram a polícia para obter informações no passado, declarou na época.

"Compreenderão em um ano", disse Rebekah Brooks, com lágrimas nos olhos, quando anunciou há alguns dias o fim do NotW aos 200 funcionários atônitos. A misteriosa confidência era a prévia de notícias sensacionais.

Brooks pode ser uma das principais vítimas. As acusações contra ela podem desencadear em vários anos de prisão.

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