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A Amazon vai da nuvem aos supermercados

Trata-se da única empresa do mundo a investir em computação na nuvem e alimentos saudáveis; e todos os analistas dizem que ela está fazendo a coisa certa

Whole Foods: Amazon comprou rede de supermercados de produtos saudáveis para colocar seu pé, de vez, no varejo físico (Carlo Allegri/Reuters)

Whole Foods: Amazon comprou rede de supermercados de produtos saudáveis para colocar seu pé, de vez, no varejo físico (Carlo Allegri/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 27 de julho de 2017 às 06h29.

Última atualização em 27 de julho de 2017 às 08h29.

Depois que o sino da bolsa de valores Nasdaq tocar encerrando o pregão desta quinta-feira, a Amazon, nova companhia a ter uma capitalização de mercado maior do que 500 bilhões de dólares no mundo, vai apresentar seus resultados do segundo trimestre para os investidores. Agora fazendo parte de um grupo seleto também formado por Apple, Alphabet e Microsoft, a gigante comandada por Jeff Bezos deve manter a sequência de boas notícias que fizeram suas ações se valorizarem 15,8% nos últimos três meses.

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A receita deve ser de 37,2 bilhões de dólares, frente a 30,6 bilhões do mesmo trimestre do ano passado. O lucro, por sua vez, deve ficar em torno de 675 milhões, menos que os 850 milhões do mesmo trimestre do ano passado. A queda no lucro, porém, está atrelada aos grandes investimentos feitos no período, como o desenvolvimento e lançamento do Lardrobe, que permite que clientes peçam e provem peças de roupa para decidirem se ficam com as elas sem custo, além do lançamento da rede social Spark, para clientes do Amazon Prime.

Alguns pontos do negócio preocupam. A Amazon Web Services (AWS), o serviço de computação na nuvem da empresa, é o maior e mais confiável do mundo, mas vem enfrentando uma concorrência maior da Microsoft e crescendo a um ritmo menor do que o esperado – ainda assim, sempre acima dos 40% sobre o trimestre anterior. A AWS é responsável por cerca de 10% da receita da empresa, mas é o negócio que tem as maiores margens.

A maior expectativa, porém, é pelos resultados da Amazon no mundo real, o do varejo físico. Em junho, a Amazon anunciou a compra da Whole Foods, uma rede de supermercados focada em alimentos saudáveis, em uma operação de 13,7 bilhões de dólares. Junto com o lançamento da loja conceito Amazon Go, o movimento mostra o rumo da empresa para os próximos anos.

Em meio a tudo isso, a empresa está expandindo sua operação no Brasil, lançando seu “marketplace” de livros, que em breve deve tornar-se um marketplace geral, concorrendo com B2W, Cnova e outros.

Como convencionou-se dizer no mercado, a Amazon é a única companhia do mundo que anuncia investimentos em computação na nuvem e em uma rede de alimentos saudáveis e todos os analistas dizem que está fazendo a coisa certa.

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