9 carros que fracassaram na tentativa de inovar
Seja pelo design, preço, proposta ou performance, conheça os modelos que não emplacaram no Brasil nem no mundo
Da Redação
Publicado em 1 de julho de 2012 às 09h40.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h36.
Pensada para toda a família, a Ferrari FF alia a frente de um superesportivo à traseira de uma perua. É verdade que o carro conseguiu acomodar em uma mesma carroceria um bom porta-malas, quatro assentos e um desempenho de tirar o fôlego: o motor 6.25 de 650 cavalos leva o veículo de 0 a 100 km/h em apenas 3,7 segundos. Mas o design não deixou de ser afetado, soando um tanto quanto desproporcional. O modelo irá substitir o modelo 612 Scaglietti da Ferrari. Vendido até o fim do ano passado, ele era o único no portfólio da famosa marca italiana a contar com banco de trás para os passageiros.
Twist, swing e tango foram as palavras que deram origem ao Twingo, carro popular da Renault que começou a ser vendido na Europa em 93. Desde então, ele passou por três reestilizações, dando lugar ao Twingo 2 em 2007, uma geração completamente remodelada que pouco lembra sua antecessora. O carro não chegou no Brasil e sua versão anterior deixou de ser vendida em 2002. Com linhas retas, faróis redondos e tamanho diminuto, o Twingo costuma colocar fãs e críticos em campos diametralmente opostos. De um lado, há quem considere o design do veículo quadrado, feio e, por isso, de difícil revenda. De outro, há quem lembre que o compacto convenceu o público pelo seu preço, espaço interno, robustez e bons itens de série.
Por um preço mais amigável, a missão do hatch da Hyundai é competir com o Mini Cooper. Uma de suas grandes armas na busca pela diferenciação é apontada também como uma de suas características mais estranhas: o carro tem uma porta no lado do motorista e duas do outro. A proposta era manter o apelo esportivo de um carro com apenas duas portas, mas disponibilizar uma terceira para facilitar o acesso ao banco de trás. O carro começará a ser vendido nos Estados Unidos no verão do hemisfério norte.
Esqueça as chamadas linhas fluidas, aclamadas nos mais novos lançamentos da indústria automobilística. Quando o carro em questão é o Nissan Cube, a referência aos ângulos retos é mais do que óbvia. Produzido para o público japonês desde 98, o subcompacto também é encontrado em países como os Estados Unidos, onde custa a partir de 14.300 dólares. Na Europa, ele deixou de ser vendido no ano passado. Já chamado pela imprensa especializada de "caixa de feiúra", o Cube é constantemente lembrado por sua aerodinâmica peculiar. Por outro lado, pesam a favor do carro seu amplo espaço interno, visibilidade e alta posição de dirigir, além de variadas opções de personalização, como LEDs de cores variadas iluminando o porta-copo, tapetes coloridos, ganchos e adesivos.
O Classe A começou a ser vendido no Brasil com a proposta de levar clientes menos afortunados para a aba da Mercedes Benz. A expectativa de vendas não era modesta. Apostando na popularização do modelo, a Mercedes instalou por aqui sua primeira fábrica de veículos de passeio fora da Alemanha, um investimento de 820 milhões de dólares. Na Europa, o Classe A já tinha sido reprovado no "Teste do Alce", quando capotou diante de manobras que simulavam o desviar de um animal inesperado na pista. A montadora não poupou recursos para reparar a falha, amplamente noticiada pela mídia. Mas as melhorias cobraram seu preço. O modelo de entrada do carro chegou ao mercado brasileiro em 1999, ao preço de 29.790 reais - ou 66.700 reais nos dias de hoje. Apesar do bom pacote tecnológico, colocar um Mercedes Benz na garagem não era tão barato quanto apregoavam as propagandas da marca. Fiasco de vendas, o Classe A deixou de ser produzido em 2005.
O Pontiac Aztek foi vendido pela GM de 2001 a 2005. A ideia era combinar os atributos de um SUV com as características de uma caminhonete. Para isso, o carro conceito Xtreme foi colocado sobre a plataforma de uma minivan. As proporções originais foram distorcidas e a traseira ganhou um duvidoso desenho. O resultado foi que interrompida a linha de produção, o controverso exterior do Aztek continuou lhe rendendo títulos. Em 2007, a revista Time colocou o carro na lista dos piores veículos de todos os tempos. Em 2010, foi a vez de ele entrar no rol das invenções mais estapafúrdias. Produzido para o público jovem, o carro foi um fracasso de vendas tanto pelo design, quanto pelo preço, caro demais para ganhar seu público alvo.
De frente, o Rodius, não causa grandes surpresas. Mas a traseira do carro, desenhada para "captar a essência luxuosa de um iate", como define a própria montadora, não parece ter dado certo. O SUV da sul-coreana SSangYong ganhou o título de carro mais feio do mundo em enquete do site britânico CarData. Para a revista de automobilismo Top Gear, o veículo parece ter sido costurado por um homem cego depois de uma briga de bar. A despeito das críticas, o carro segue sendo comercializado mundo afora desde seu lançamento em 2004. Entre seus maiores atributos, está o amplo espaço interno, com assentos para sete, nove e até onze ocupantes. O Rodius não é vendido no Brasil. No Reino Unido, custa a partir de 15.000 libras.
A primeira versão do Fiat Multipla (foto) foi lançada em 1998. Com interior e exterior em completa dissonância com o que era encontrado no mercado, o carro chegou a ser exibido no Museu de Arte Moderna de Nova York. Mais baixo, mais largo, com três assentos na frente e outros três no banco de trás, o Multipla chamou mesmo a atenção pelo seu capô, radicalmente separado do pára-brisa. A excêntrica proposta não caiu no gosto dos consumidores. Em 2004 o carro passou por uma generosa intervenção plástica e ganhou uma cara mais tradicional. A nova geração continua a ser produzida pela montadora italiana, embora não seja comercializada por aqui.
Para os críticos do Hummer, o design do carro não serve a outro propósito que não o de ser um veículo de guerra. De fato, ele vem sendo utilizado em larga escala pelo exército norte-americano desde a Guerra do Golfo. O carro foi fabricado para civis do começo dos anos 90 até maio do ano passado. A capacidade do gigante de subir terrenos íngremes e passar por cima de obstáculos que seriam inacessíveis à grande maioria de seus pares o consagrou no segmento off-road. Para os ambientalistas, no entanto, suas proporções não fazem o menor sentido dentro da cidade. Além de uma largura de quase 2 metros, que ameaça a passagem de outros veículos em vias estreitas, o carro consome muito combustível. O peso do Hummer também afeta sua capacidade de frenagem, que fica perigosamente reduzida em situações de emergência.
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