Como 8 empresas incentivam a prática de esportes
De campeonatos internos a subsídios financeiros para atividades físicas: veja como 8 empresas estimulam seu pessoal à prática de esportes
Luísa Melo
Publicado em 21 de agosto de 2013 às 09h46.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h30.
Quem faz parte da Associação Esportiva Recreativa Tubarão (AERT), do complexo de Tubarão da Vale, em Vitória-ES, recebe treinamento para os jogos do trabalhador do Sesi durante o ano todo. Três vezes por semana há treinos de natação e futsal e duas vezes, de tênis. A empresa promove ainda campeonatos internos de futebol e natação. O esforço parece valer a pena. Em 2012, uma equipe da Vale foi campeã regional de futebol e um colaborador chegou ao bicampeonato mundial em uma prova de natação individual, ambos nos jogos do Sesi. Para participarem da AERT, os funcionários precisam contribuir com cerca de 40 reais, o que dá direito à inclusão de dependentes. Além disso, a Vale tem um grupo de caminhada e corrida, não ligado à AERT. Consultorias esportivas são contratadas pela empresa para treinar os funcionários adequadamente e realizam competições nas praias de Vitória, aos fins de semana. Só no Espírito Santo, cerca de 120 colaboradores participam do grupo. Todo o treinamento é pago pela Vale. As incrições para corridas externas são subsidiadas pela empresa, dependendo da dedicação do corredor. "O esporte também ajuda muito a ter disciplina, o que é bom para o trabalho", diz o presidente da AERT, Marcos Guimarães. A companhia organiza ainda, uma vez por ano, a Corrida Vale, que este ano será no mês de outubro. O evento é aberto à comunidade e as inscrições custam em torno de 30 reais, dinheiro que é doado a instituições de caridade. Na última edição, cerca de 2 mil pessoas participaram da corrida.
Os funcionários do lado brasileiro da hidrelétrica de Itaipu (que também tem uma parte no Paraguai), duas vezes por ano vão até a usina no domingo para realizar atividades lúdicas e fazer uma caminhada ecológica junto de seus familiares. Na última edição, cerca de 250 pessoas participaram do evento. Além disso, a companhia oferece academias. Em 2012, cerca de 300 funcionários da empresa estavam inscritos no programa. Além disso, periodicamente a companhia realiza passeios ciclísticos que também são abertos à comunidade externa. Na última edição, cerca de 100 funcionários participaram. Além disso, quando há solicitação, a empresa contrata treinadores para preparar os funcionários para os jogos do trabalhador do Sesi. Em 2012, 152 colaboradores participaram dos jogos em várias modalidades. A companhia arca com parte dos gastos dos funcionários nas competições. Na usina, há ainda um grupo de caminhada e corrida que se reúne três vezes por semana, sob a orientação de um educador físico, para praticar. O treinamento e o transporte de volta para casa são custeados pela empresa. "A prática de esportes estimula a integração entre as áreas da empresa. E além de melhorar a saúde, proporciona mais disposição para trabalhar e bom humor", diz a coordenadora do programa Reviver (que engloba a maior parte das atividades), Eliane Duraes.
Durante a estação, após o expediente, a Unimed no Rio de Janeiro organiza um circuito de vôlei de praia e atividades cardiorrespiratórias na praia da Barra, que fica próxima à sua sede. No ano passado, cerca de 50 pessoas participaram do circuito. Todos os gastos com a atividade são cobertos pela companhia. Além disso, a Unimed Rio tem um clube de corrida, com orientação de educadores físicos durante todo o ano. Para participar do grupo, o trabalhador precisa contribuir com cerca de 30 reais. A empresa oferece ainda orientação nutricional gratuita a todo o seu pessoal, além de ter um centro de excelência física onde são oferecidas atividades como musculação, pilates e RPG. O centro fica em um prédio próximo a sede da empresa e o valor cobrado pelas atividades é reduzido. "O esporte alinha os valores da empresa com a prática", diz a superintendente de recursos humanos da Unimed Rio, Marcia Amorim.
Todos os anos, a consultoria Deloitte leva um grupo de funcionários para participar de um torneio mundial de futebol society entre as unidades da empresa, em Praga, na República Tcheca. Este ano, 25 brasileiros participaram. O time feminino do Brasil foi o campeão. Para participar, os colaboradores são selecionados de acordo com desempenho profissional e habilidades esportivas. Todos os custos são cobertos pela companhia. O grêmio da empresa realiza corridas de rua três vezes por ano em São Paulo e um campeonato de futebol society durante três meses a cada ano. Toda a estrutura é oferecida pela Deloitte: alimentação, massagistas, arbitragem, ambulância e premiação. Para fazer parte do grêmio, os funcionários precisam contribuir mensalmente com uma quantia, descontada da folha de pagamento. A Deloitte não divulga o valor da contribuição. "Durante o ano todo, eles têm uma quadra alocada para treinar, desde que estejam no grêmio", diz a gerente de talent da Deloitte, Virgínia Gamero. Em todo o Brasil, a companhia tem cerca de 5 mil funcionários.
O braço direito no incentivo ao esporte na unidade Tubarão da AcelorMittal, em Vitória-ES, é o clube da empresa. Batizado de Associação Esportiva Siderúrgica Tubarão (AEST), o local concentra grande parte das atividades. É na AEST que o grupo de cerca de 200 funcionários que praticam corrida se reunem para treinar. Lá eles recebem orientação de profissionais de educação física e podem consultar os nutricionistas da companhia para melhorarem seu desempenho. Quando há competições, cada um paga a sua inscrição, mas a empresa arca com os custos de alimentação, treino, uniforme e transporte até o local da corrida. Além disso, durante todo o ano são realizados campeonatos internos de vôlei, futebol, futsal e natação. Os funcionários que mais se destacam nas disputas entre os departamentos, formam um time para participar dos jogos entre empresas organizados pelo Sesi. Há torneios estaduais, regionais, nacional e até mundial. Cerca de 30 colaboradores da AcelorMittal Tubarão chegaram até a etapa final dos jogos. Este ano, o mundial foi realizado na Bulgária e os custos foram totalmente cobertos pela companhia. Os atletas de alto rendimento também recebem apoio técnico e financeiro da empresa para participar de competições externas, além do circuito do Sesi. "Ter pessoas saudáveis na equipe facilita tudo", afirma José Augusto Servino, gerente geral de recursos humanos da AcelorMittal Tubarão. Para ter acesso à AEST é preciso contribuir com R$ 30 mensais, em média, variando de acordo com a faixa salarial.
A General Electric (GE) tem um programa de saúde global que recomenda a todas as unidades da empresa a subsidiar até 50% dos gastos de seus funcionários com alguma atividade física. Além disso, há na companhia um grupo de monitoramento de corrida, o GE Runners. Em geral, são quatro corridas patrocinadas pela empresa por ano para o país todo, mas cada unidade pode organizar outras competições internamente. Nos eventos da GE Runners são oferecidos inscrição, uniformes e alimentação gratuitamente para os funcionários. Cerca de 200 colaboradores participam do programa, no Brasil todo. A GE ainda patrocina passeios ciclísicos e jogos semanais de futebol society em uma quadra alugada pela unidade de São Paulo. Em outras unidades da empresa no Brasil, a quadra é interna. Em Campinas, na fábrica da unidade de conversão de energia (uma das maiores da empresa no Brasil), há um clube onde os funcionários podem fazer academia, jogar vôlei de praia e praticar atletismo. As despesas do clube são pagas em parte pela empresa e pelos colaboradores afiliados. Uma vez por ano, nesse clube, a GE promove a Olimpíada GE Volunteers. Nesse evento há disputas de futebol, tênis, vôlei, basquete e tênis mesa (nas categorias masculino e feminino). Para participar, o colaborador precisa contribuir com pelo menos dois quilos de alimento não perecível. Os alimentos são doados a instituições parceiras da GE. No último evento, cerca de 200 funcionários participaram. "O objetivo é mostrar para o nosso colaborador que ele trabalha duro, que a GE tem metas ousadas, mas que também acredita muito na qualidade da força de trabalho", ressalta a gerente de programas de saúde da GE no Brasil, Marcia Agosti.
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