7 construtoras que escorregaram feio no primeiro semestre
Período castigou o setor de construção civil como um todo, e algumas companhias não conseguiram encerrar o semestre no azul
Daniela Barbosa
Publicado em 17 de agosto de 2012 às 11h36.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h19.
Nos seis primeiros meses do ano, a PDG acumulou prejuízo de 417,6 milhões de reais, ante um lucro de 470,3 milhões de reais somado no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, em seu balanço financeiro, a queda está diretamente ligada à revisão dos orçamentos que a companhia precisou fazer no segundo trimestre do ano. A construtora fez um acréscimo de 478 milhões de reais em custos no período, boa parte proveniente de obras de terceiros e parceiros. A PDG espera entregar cerca de 35.000 unidades neste ano, mas revisou o número para 30.000, reposicionando o restante para 2013.
A Brookfield também revisou suas metas para este ano, após o resultado desastroso apresentado no primeiro semestre do ano. A companhia, que tinha metas de lançamentos e vendas de 4,5 bilhões de reais e 4,2 bilhões de reais, reduziu para 3 bilhões de reais e 3,5 bilhões de reais, respectivamente. No primeiro semestre, a construtora reportou prejuízo de 379,5 milhões de reais. O resultado negativo perda foi atribuído à realização de um ajuste de orçamento, que fez com que a empresa reconhecesse custos adicionais e revertesse receita. No primeiro semestre de 2011, a Brookfield havia somado lucro de 144 milhões de reais.
Nos seis primeiros meses do ano, a Viver Incorporadora acumulou prejuízo de 64,7 milhões de reais, ante lucro de 18,5 milhões de reais registrado no mesmo período do ano passado. Segundo a companhia, o resultado ruim está atrelado à alta de custos no período, ao aumento do número de contratos desfeitos, à desaceleração do ritmo de repasse, que impactou na amortização das dívidas da companhia e, consequentemente, a mais despesas financeiras.
A João Fortes acumulou perdas de 33,2 milhões de reais nos seis primeiros meses do ano. Em 2011, no mesmo período, a construtora havia reportado lucro de quase 7 milhões de reais. No período, as vendas da companhia caíram quase 40% em relação ao primeiro semestre de 2011, totalizando pouco mais de 67 milhões de reais. Já as despesas financeiras da companhia cresceram 100%, totalizando 34 milhões de reais.
No segundo trimestre do ano, a Gafisa conseguiu reverter o prejuízo acumulado no mesmo período do ano passado e reportou lucro líquido de 1 milhão de reais; mas, no consolidado do semestre, a construtora apresentou prejuízo de 30,4 milhões de reais. A Tenda, braço voltado para a baixa renda da companhia, foi mais uma vez a principal vilã para o resultado ruim apresentado pela companhia. Somente ela foi responsável por um prejuízo de mais de 43 milhões de reais no primeiro semestre.
A CR2 registrou prejuízo de 14,2 milhões de reais no primeiro semestre do ano, apesar da perda, o montante 42% menor que o prejuízo apresentado pela construtora nos seis primeiros meses do ano passado. No mesmo período, a receita da companhia cresceu mais de 40%, totalizando cerca de 110 milhões de reais.
A Tecnisa registrou prejuízo de 8,7 milhões de reais no primeiro semestre do ano, ante lucro de 126 milhões de reais acumulado no mesmo período do ano passado. O resultado negativo foi reflexo do prejuízo apresentado pela construtora no primeiro trimestre do ano de mais de 11 milhões de reais, uma vez que no segundo trimestre, a Tecnisa registrou lucro de 2,6 milhões de reais. Nos três primeiro meses do ano, a ausência de lançamentos da construtora impactou as vendas que, por sua vez, refletiu negativamente nos ganhos da Tecnisa.
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