6 empresas brasileiras que vão frear os negócios lá fora
Economia local fraca, necessidade de fazer caixa, problemas políticos – há vários motivos para estas companhias decidirem dar um tempo no exterior
Da Redação
Publicado em 22 de março de 2013 às 06h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 15h41.
São Paulo – Os anos 2000 foram um período favorável à expansão de companhias brasileiras no exterior. Estimuladas pelo câmbio barato e pela farta oferta de crédito, muitas empresas estrearam no cenário global. Uma década depois, por razões estratégicas, problemas de caixa ou falta de perspectivas nos países, algumas empresas resolveram reduzir o ritmo lá fora. Veja as mais recentes.
Nos últimos sete anos, a fatia de mercado da Brahma encolheu de 9% para 0,9% na Venezuela. Com isso, a Ambev decidiu encerrar as operações de sua fábrica local, em Barquisimeto, a quinta maior cidade do país. A Ambev chegou à Venezuela em 1995, com a compra da Cervecera Nacional, e continuará no país por meio da parceira com a Cervecería Regional.
O caso mais ruidoso dos últimos tempos de uma brasileira deixando um projeto no exterior é, com certeza, o da Vale . O projeto Rio Colorado, de produção de potássio, foi suspenso em 11 de março, após o fracasso das negociações com o governo da Argentina. A mineradora pedia mais flexibilidade fiscal e cambial. O projeto estava orçado entre 6 e 10 bilhões de reais.
Não é segredo que a Petrobras colocou ativos à venda no exterior, a fim de bancar parte dos investimentos bilionários previstos para os próximos anos. A estatal estima que o programa de desinvestimentos renderá 9,9 bilhões de dólares, que entrarão no caixa, sobretudo, neste ano. O problema é que a empresa enfrenta dificuldades para se desfazer dos ativos lá fora.
A mineradora de Eike Batista, a MMX , é outro exemplo de revisão de projetos recentes no exterior. A empresa desistiu de extrair minério de ferro na cidade chilena de Copiapó, na região do deserto do Atacama. Segundo a MMX, o retorno financeiro do projeto não era mais atraente, e a desistência representou uma baixa contábil de 224 milhões de reais no balanço.
O bilionário Eike Batista, dono da CCX , teria iniciado, em janeiro, uma revisão do projeto de produzir carvão mineral na Colômbia. A informação é do jornal local Portafolio. Segundo a publicação, a CCX enfrenta dificuldades como a tendência de preços do carvão, obtenção de licenças e conflitos indígenas.
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