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51% das empresas no Brasil já sofreram sequestro de sistemas

Ransomware é um tipo de software maligno que impede o acesso dos usuários aos sistemas da empresa vítima

Crimes digitais: "A facilidade para pagamento do resgate em bitcoins (moeda digital) traz um retorno financeiro para o atacante muito mais rápido do que outras modalidades de crime" (./Thinkstock)

Crimes digitais: "A facilidade para pagamento do resgate em bitcoins (moeda digital) traz um retorno financeiro para o atacante muito mais rápido do que outras modalidades de crime" (./Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 13 de março de 2017 às 17h41.

São Paulo - Cerca de metade das empresas brasileiras já sofreu algum tipo de ataque em que seus sistemas de informação foram sequestrados por hackers interessados em obter ganhos financeiros, segundo pesquisa de uma companhia de segurança de computadores, divulgada nesta segunda-feira.

Segundo a pesquisa da Trend Micro, que ouviu cerca de 300 empresas no Brasil e mais de 200 em outros países latino-americanos, 51 por cento das empresas brasileiras disseram ter sido vítimas de um ataque de tipo "ransomware" no ano passado.

Ransomware é um tipo de software maligno que impede o acesso dos usuários aos sistemas da empresa vítima. O acesso só é liberado pelos atacantes mediante pagamento de um resgate.

O ataque costuma codificar os dados da vítima, que só poderá recuperar o acesso se obtiver uma chave de acesso.

A TrendMicro é uma das maiores empresas de segurança de computadoras do mundo, com presença em mais de 50 países.

"Os casos de ransomware tiveram uma ascensão meteórica no ano passado. O principal meio de infecção continua sendo o email e o uso de engenharia social, por isso a necessidade cada vez maior das empresas em conscientizarem os seus funcionários contra este tipo de ataque", afirmou em comunicado à imprensa Franzvitor Fiorim, líder técnico da Trend Micro no Brasil.

"A facilidade para pagamento do resgate em bitcoins (moeda digital) traz um retorno financeiro para o atacante muito mais rápido do que outras modalidades de crime. A previsão para 2017 é que o crescimento de ransomware se estabilize, mas métodos de ataque serão mais diversificados e o risco vai se manter bastante alto", acrescentou Fiorim.

O levantamento, realizado no segundo semestre do ano passado, identificou que dentre os 10 segmentos analisados que foram atacados por ransomware, o setor de Educação foi o mais afetado (82 por cento), seguido por Governo (59 por cento) e Varejo (57 por cento).

A pesquisa também constatou que as empresas confiam muito nos dados de backup nos servidores e desktops (80 por cento dos entrevistados) como a principal defesa contra ransomwares.

"Estes resultados mostram uma aparente desconexão entre a percepção das defesas de segurança da organização e do número de ataques eficazes de ransomware", afirmou a Trend Micro no comunicado.

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