5 passos que Eike Batista ainda precisa cumprir com a OGX
Com ou sem petróleo extraído neste sábado, o bilionário tem muito trabalho pela frente para amadurecer a OGX
Daniela Barbosa
Publicado em 22 de março de 2013 às 11h05.
São Paulo – A extração do primeiro barril de petróleo da OGX, empresa de Eike Batista , programada para este sábado, é aguardada com bastante expectativa pelo mercado. O acontecimento é um marco na história da companhia, mas é apenas um de muitos outros passos que a empresa do homem mais rico do Brasil ainda terá que dar para se tornar – de fato – uma petroleira plenamente operacional.
A própria OGX reconhece que a extração virá de um teste de longa duração (TLD) e que a fase de produção só vai se iniciar após a aprovação da declaração de comercialidade e do plano de desenvolvimento pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Mas entendemos que estamos extraindo petróleo, que será comercializado e gerar caixa para a companhia”, disse Paulo Mendonça, diretor-geral da OGX, a EXAME.com.
Segundo Lucas Blender, analista de petróleo e gás da Geração Futuro, os próximos passos dados pela companhia vão depender agora das tecnologias que a OGX vai utilizar para a extração do petróleo. “Já foram realizados diversos estudos para se certificar da quantidade e qualidade do óleo que será extraído. Não existe nenhum receio com relação a isso”, afirmou o especialista.
Com ou sem petróleo neste sábado, a OGX ainda terá de cumprir uma série de etapas – veja, a seguir, as principais, segundo os analistas de mercado:
Período de teste
O teste de longa duração (TLD) normalmente tem duração de quatro a seis meses e, segundo a OGX, deve ser concluído ainda no primeiro semestre de 2012.
“A escolha por iniciar a extração de óleo por meio de um TLD se deu como forma de conhecer melhor o reservatório”, disse Mendonça – isto é, não deixa de ser ainda uma fase de estudos da área.
Tecnologias para extração do óleo
É durante o período do TLD que a OGX vai testar diversas tecnologias para ter mais eficiência na produção do petróleo.
“Trata-se de uma fase importante, pois é quando a companhia terá condições de experimentar as melhores tecnologias de injeção do poço para produzir petróleo com mais eficiência”, afirmou Blender da Geração Futuro.
Declaração de comercialidade
A OGX espera concluir a declaração de comercialidade ainda no primeiro trimestre de 2012. Por meio das informações obtidas no TLD, a empresa vai preparar a declaração, que precisa da aprovação da ANP.
O documento nada mais é que um atestado do potencial do poço a ser explorado. Com ele, é possível prever quantos barris de petróleo poderão ser produzidos e até mesmo a qualidade do óleo extraído.
Segundo a Mendonça as informações obtidas durante o teste de formação já realizado demonstram que a área possui grande potencial para produção – mas, como os especialistas lembram, a estimativa de quanto será explorado comercialmente depende de duas coisas: as tecnologias utilizadas e a existência de boas condições de mercado, que assegurem contratos de longo prazo.
Contratos de longo prazo
Não adianta dizer que um poço tem capacidade para produzir xis barris de petróleo, se ninguém quiser comprá-los. Apenas um contrato até agora foi fechado pela OGX.
A companhia vai vender para a Shell 1,2 milhão de barris do óleo produzido durante o TLD, mas uma equipe foi formada para que outros contratos sejam fechados.
“O contrato com a Shell foi importante, pois demonstrou a qualidade do óleo e determinou um preço de referência para o nosso petróleo. Pretendemos firmar novos contratos ao longo da produção”, afirmou a Mendonça.
Outras plataformas
O primeiro petróleo de Eike vai jorrar da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, operada pela primeira plataforma, a FPSO OSX-1, mas outras duas estão a caminho e devem ser entregues no segundo e terceiro trimestre de 2013, quando todo o processo precisará ser repetido.
Segundo Blender, a OGX deve se tornar uma petroleira completa e com todos esses primeiros processos concluídos entre os anos de 2014 e 2015, mas existem ainda outras áreas a ser exploradas.
Se extrair, de fato, petróleo neste sábado, Eike terá dado um passo importante para consolidar sua empresa. Mas ainda há muito trabalho para que a OGX se torne uma empresa madura – a ponto de convencer os mais céticos.
São Paulo – A extração do primeiro barril de petróleo da OGX, empresa de Eike Batista , programada para este sábado, é aguardada com bastante expectativa pelo mercado. O acontecimento é um marco na história da companhia, mas é apenas um de muitos outros passos que a empresa do homem mais rico do Brasil ainda terá que dar para se tornar – de fato – uma petroleira plenamente operacional.
A própria OGX reconhece que a extração virá de um teste de longa duração (TLD) e que a fase de produção só vai se iniciar após a aprovação da declaração de comercialidade e do plano de desenvolvimento pela Agência Nacional do Petróleo (ANP). “Mas entendemos que estamos extraindo petróleo, que será comercializado e gerar caixa para a companhia”, disse Paulo Mendonça, diretor-geral da OGX, a EXAME.com.
Segundo Lucas Blender, analista de petróleo e gás da Geração Futuro, os próximos passos dados pela companhia vão depender agora das tecnologias que a OGX vai utilizar para a extração do petróleo. “Já foram realizados diversos estudos para se certificar da quantidade e qualidade do óleo que será extraído. Não existe nenhum receio com relação a isso”, afirmou o especialista.
Com ou sem petróleo neste sábado, a OGX ainda terá de cumprir uma série de etapas – veja, a seguir, as principais, segundo os analistas de mercado:
Período de teste
O teste de longa duração (TLD) normalmente tem duração de quatro a seis meses e, segundo a OGX, deve ser concluído ainda no primeiro semestre de 2012.
“A escolha por iniciar a extração de óleo por meio de um TLD se deu como forma de conhecer melhor o reservatório”, disse Mendonça – isto é, não deixa de ser ainda uma fase de estudos da área.
Tecnologias para extração do óleo
É durante o período do TLD que a OGX vai testar diversas tecnologias para ter mais eficiência na produção do petróleo.
“Trata-se de uma fase importante, pois é quando a companhia terá condições de experimentar as melhores tecnologias de injeção do poço para produzir petróleo com mais eficiência”, afirmou Blender da Geração Futuro.
Declaração de comercialidade
A OGX espera concluir a declaração de comercialidade ainda no primeiro trimestre de 2012. Por meio das informações obtidas no TLD, a empresa vai preparar a declaração, que precisa da aprovação da ANP.
O documento nada mais é que um atestado do potencial do poço a ser explorado. Com ele, é possível prever quantos barris de petróleo poderão ser produzidos e até mesmo a qualidade do óleo extraído.
Segundo a Mendonça as informações obtidas durante o teste de formação já realizado demonstram que a área possui grande potencial para produção – mas, como os especialistas lembram, a estimativa de quanto será explorado comercialmente depende de duas coisas: as tecnologias utilizadas e a existência de boas condições de mercado, que assegurem contratos de longo prazo.
Contratos de longo prazo
Não adianta dizer que um poço tem capacidade para produzir xis barris de petróleo, se ninguém quiser comprá-los. Apenas um contrato até agora foi fechado pela OGX.
A companhia vai vender para a Shell 1,2 milhão de barris do óleo produzido durante o TLD, mas uma equipe foi formada para que outros contratos sejam fechados.
“O contrato com a Shell foi importante, pois demonstrou a qualidade do óleo e determinou um preço de referência para o nosso petróleo. Pretendemos firmar novos contratos ao longo da produção”, afirmou a Mendonça.
Outras plataformas
O primeiro petróleo de Eike vai jorrar da Bacia de Campos, no Rio de Janeiro, operada pela primeira plataforma, a FPSO OSX-1, mas outras duas estão a caminho e devem ser entregues no segundo e terceiro trimestre de 2013, quando todo o processo precisará ser repetido.
Segundo Blender, a OGX deve se tornar uma petroleira completa e com todos esses primeiros processos concluídos entre os anos de 2014 e 2015, mas existem ainda outras áreas a ser exploradas.
Se extrair, de fato, petróleo neste sábado, Eike terá dado um passo importante para consolidar sua empresa. Mas ainda há muito trabalho para que a OGX se torne uma empresa madura – a ponto de convencer os mais céticos.