19 empresas que trocaram de presidente em 2016
Eletrolux, Walmart, Ford, Embraer e Nestlé são algumas das companhias que estão na lista
Karin Salomão
Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 14h51.
Última atualização em 22 de dezembro de 2016 às 15h11.
São Paulo – Por meio de promoções, aposentadorias ou até mesmo por causa de escândalos, diversas empresas trocaram de comando em 2016. Eletrolux, Walmart, Ford, Embraer e Nestlé são algumas das companhias que estão na lista. Entre as mudanças por aposentadoria está a Starbucks, que deixará de ser comandada por Howard Schultz, que transformou a pequena rede de cafés em uma das maiores companhias do mundo. Já algumas trocas ocorreram como tentativas para melhorar os resultados de uma companhia, como o caso da Natura e da Petrobras. A JBS elegeu José Batista Júnior como diretor-presidente interino, depois que a Justiça Federal determinou o afastamento de Wesley e Joesley Batista do comando de qualquer empresa na Operação Greenfield. Confira nas imagens 19 empresas que trocaram de comando no último ano.
Com a conclusão da compra da fábrica de papel cartão da Suzano em Embu das Artes (SP), em janeiro, a Ibema ganhou um novo presidente. Giuseppe Musella, ex-diretor de operações do Grupo Boticário, substituiu Nei Senter Martins à frente da companhia.
A Eletrolux buscou se unir à GE, mas a operação não foi finalizada. Em seguida, o presidente da companhia sueca, Keith McLoughlin, renunciou ao cargo, que passou a ser ocupado por Jonas Samuelson, então diretor da área de negócios de eletrodomésticos da Electrolux na Europa, Oriente Médio e África. Em comunicado, McLoughlin afirmou que “fortalecemos essa companhia ao aumentar significativamente o investimento em inovação voltada ao público”. Ele retornou aos Estados Unidos para ficar com a família e prestar consultoria para a Electrolux.
Também no começo do ano, Enéas Pestana deixou a presidência da Máquina de Vendas, apenas 5 meses depois de subir ao cargo. Ele foi para o conselho da companhia depois de integrar as 5 companhias da holding (Ricardo Eletro, Insinuante, Eletro Shopping, Salfer e City Lar). Em seu lugar, Ricardo Nunes, um dos principais acionistas, retornou à liderança da empresa.
Em janeiro, o Walmart Brasil anunciou que o Flávio Cotini, então vice-presidente de Finanças, foi promovido a presidente e CEO da operação no país. O então presidente, Guilherme Loureiro, assumiu a liderança do Walmart no México e América Central, depois de ter sido presidente da empresa no Brasil desde 2013.
Desde abril de 2016, a AES Tietê e a AES Eletropaulo têm novos presidentes. Britaldo Pedrosa Soares, que era o diretor-presidente das duas companhias, tornou-se presidente do conselho de administração. Ítalo Tadeu de Carvalho Freitas Filho foi indicado para assumir o cargo na AES Tietê e Chales Lenzi na AES Eletropaulo.
Também em abril, o Facebook anunciou que Marcos Angelini chegou ao cargo de diretor-geral para o Brasil. O posto estava vago desde que Leonardo Tristão deixou o comando da empresa no país para assumir o Airbnb, em junho do ano passado. Angelini trabalhou por duas décadas na Unilever, onde, por último, ocupou a posição de vice-presidente para a divisão de home care e de VP global para a marca OMO.
Luiz Sérgio Vieira, que atuava como vice-presidente de mercados, substitui Jorge Menegassi na liderança da EY (Ernst & Young) em julho. O período de transição começou há três anos, mas a sua carreira dentro da companhia começou há muito tempo, quando ele entrou na EY como trainee há 24 anos. Vieira se tornou o mais jovem CEO à frente das quatro maiores consultorias e auditorias do mundo.
Investigada na Operação Lava Jato, envolvida em um enorme esquema de corrupção e com dívidas bilionárias, a Petrobras mudou a sua presidência em maio. O ex-ministro Pedro Parente foi o escolhido pelo presidente Michel Temer para comandar a Petrobras e substituir Aldemir Bendine. Ele tem grande experiência em gestão de crises, o que foi um dos motivos para ter sido escolhido para liderar a maior empresa brasileira.
Em um anúncio que surpreendeu o mercado, a fabricante de jatos Embraer anunciou em junho uma troca no comando da companhia. Desde julho, ela é presidida por Paulo Cesar de Souza e Silva no lugar de Frederico Curado. Silva era, até então, vice-presidente para o segmento de aviação comercial, área responsável pela maior parte da receita da Embraer, e está na companhia desde 1997.
O atual chairman do conselho de administração da Nestlé irá se aposentar a partir do ano que vem. No seu lugar, o conselho lançou a candidatura de Paul Bulcke (foto), atual CEO da empresa, para concorrer ao posto. Como o cargo de CEO ficou, então, vago, o conselho votou na nomeação de Ulf Mark Schneider para ser o CEO da Nestlé a partir de 2017. Uma vez que Schneider foi durante anos presidente da empresa de serviços de saúde Fresenius Group, a sua indicação demonstra uma inclinação da empresa para sua divisão de saúde.
A montadora Ford passou por uma dança das cadeiras, com mudanças entre seus principais diretores na América do Sul e na Europa. A partir de agosto, Steven Armstrong, de 52 anos, então presidente no continente sul-americano, substituiu Barb Samardzich, diretora de operações na Europa, que se aposentou. Lyle Watters, de 51 anos, passou a ser o presidente da Ford na América do Sul. Ele será responsável por todas as operações da montadora na América do Sul e responderá a Joe Hinrichs, vice-presidente-executivo da Ford e presidente no continente americano.
A divisão de negócio de consumo da Johnson & Johnson nos Estados Unidos passou a ser chefiada por uma brasileira em setembro. Duda Kertész foi promovida e será responsável pela operação de marcas como JOHNSON’S®, LISTERINE®, Oral Care e BAND AID®, entre outras. Para o seu lugar no Brasil, a empresa escolheu André Mendes, presidente da J&J Consumo Cone Sul desde 2012.
Didier Tisserand deixará o comando da L’Oréal no Brasil, depois de 5 anos à frente da empresa. Ele assumirá outras responsabilidades no grupo e será substituído por An Verhulst-Santos a partir de janeiro de 2017. Verhulst, que começou sua carreira na L´Oréal em 1991, na Bélgica, está no Brasil desde 2005 e era até então presidente da divisão de produtos profissionais.
Em substituição a Santiago Chamorro, Carlos Zarlenga assumiu a presidência da General Motors no Brasil em setembro de 2016. Chamorro irá para a sede da companhia em Detroit, nos Estados Unidos. Zarlenga ocupava até então da diretoria financeira da empresa na América Latina.
Depois que a Justiça Federal determinou o afastamento de Wesley e Joesley Batista do comando de qualquer empresa na Operação Greenfield, em setembro, a JBS anunciou José Batista Júnior como diretor-presidente interino. José Batista Sobrinho foi nomeado presidente do conselho de administração. A operação da Polícia Federal investiga “gestão temerária e fraudulenta” nos fundos de pensão estatais brasileiros. A Eldorado Celulose, empresa controlada pela mesma holding, a J&F, está envolvida na investigação.
Em um anúncio que pegou o mercado de surpresa, Roberto Lima renunciou ao cargo de presidente da Natura em outubro. A mudança na companhia é uma forma de buscar novos caminhos para retomar o crescimento, que em abril teve seu primeiro resultado negativo desde sua estreia na bolsa, em 2004. O novo presidente da empresa, João Paulo Ferreira, já reforçou que a venda de porta em porta continuará a ser o centro da estratégia da companhia.
Algumas semanas antes do previsto, Eduardo Navarro assumiu em novembro a presidência da Telefônica Vivo no Brasil. Ele já havia sido indicado como o sucessor de Amos Genish em outubro deste ano e deveria assumir somente em janeiro de 2017, mas a mudança foi antecipada. Genish entrou na Telefônica quando a GVT, companhia fundada por ele e um grupo de investidores e que pertencia à francesa Vivendi, foi adquirida pela Vivo em agosto de 2014 por R$ 22 bilhões.
Polêmico, apaixonado por café e envolvido em questões sociais, o CEO da Starbucks Howard Schultz anunciou que irá deixar o cargo em 2017. Em abril do ano que vem, o atual COO da companhia de cafés, Kevin Johnson, assumirá a posição. Schultz entrou no mercado de bebidas há 30 anos, comprando o Starbucks quando a rede tinha apenas 6 lojas. Sob sua direção, a Starbucks se tornou a maior rede de cafeterias do mundo, com mais de 25.000 lojas em 75 países.
Quase no fim do ano, a Toyota trocou o comando das operações locais. A partir de janeiro, a empresa no Brasil será presidida pelo peruano Rafael Chang, em substituição a Koji Kondo, que retornará ao Japão. É a primeira vez em 59 anos no País que a marca terá um presidente não japonês. Recentemente, a montadora também divulgou investimentos de R$ 600 milhões para ampliar a produção de motores em Porto Feliz (SP).
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