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11 empresas que tiveram de se desculpar em público no ano

Errar é humano, admitir o erro é uma grande virtude – ou uma tentativa. Clique nas fotos para ver por que 11 empresas tiveram de se desculpar nos últimos 12 meses

Facebook: por excluir post favorável a aborto (Justin Sullivan/Getty Images)

Tatiana Vaz

Publicado em 20 de março de 2012 às 10h32.

Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h25.

Em janeiro, o Facebook teve de pedir desculpas à ativista holandesa Rebecca Gomperts, que teve um post detalhado sobre como realizar o próprio aborto deletado da rede. Rebecca Gomberts trabalha em um grupo holandês pelo direito do aborto chamado Women on Web e seu post mostrava um método de aborto com o uso de um remédio para úlcera e instruía os interessados na compra a “dizerem que é para sua avó com artrite”. Depois de apagar o post e receber críticas de que havia feito censura, o Facebook fez uma retratação e explicou que o post teria sido apagado por equívoco, sob a suspeita de violar a Declaração de direitos e responsabilidade do Facebook. O pedido de desculpas explica que equipes de revisores em todo o mundo são responsáveis pela política da empresa e que alguns erros podem acontecer ocasionalmente. Após a retratação, Rebecca repostou o texto no Facebook, e agradeceu a todos que entraram em contato com a rede.
  • 2. McDonalds: por vender comida suja

    2 /11(Scott Olson/Getty Images)

  • Veja também

    Depois de ser acusada de vender produtos com validade maior que a apresentada na vitrine, a rede americana McDonald´s teve de pedir desculpas aos consumidores da China. A reportagem da China Central Television (CCTV) dizia que uma filial do McDonald's em Pequim vendeu asas de frango uma hora e 24 minutos depois de elas terem sido colocadas em uma bandeja aquecida, enquanto a loja estabelece um limite de 30 minutos. A reportagem disse ainda que os funcionários cozinharam e venderam carne que caiu no chão da lanchonete. O McDonald's disse em um comunicado que os incidentes foram eventos isolados causados por alguns empregados e "não são consistentes com o alto padrão da qualidade de alimentos da companhia".
  • 3. Carrefour: por vender frango vencido

    3 /11(Ricardo Benichio/EXAME)

  • Uma reportagem da China Central Television (CCTV), a mesma rede que acusou o McDonald´s de vender produtos vencidos, também afirmou que a loja do Carrefour na cidade chinesa de Zhengzhou, na província central de Henan, vendeu frango vencido e rotulou frango comum com sendo o de uma variedade mais cara. Como resposta, o Carrefour se desculpou com os consumidores no microblog Sina Weibo e afirmou que melhorará o treinamento "para salvaguardar os interesses dos consumidores". As informações são do site Wall Street Journal.
  • 4. Ben %26 Jerry: por estereotipar o armador Jeremy Lin

    4 /11(Layne Murdoch/Getty Images)

    A ideia era fazer um sorvete especial para homenagear o armador do New York Knicks, Jeremy Lin, que chegou ao estrelato da NBA no último campeonato após uma sequência de vitórias. Porém combinar ingredientes como biscoito da sorte, tipicamente chinês, com lichia e iogurte de baunilha não deu certo – não pelo sabor da combinação de ingredientes, mas por aliar a imagem do jogador ao de itens asiáticos e, assim, estereotipá-lo. A reclamação foi feita pelos consumidores e fãs do jogador ao ponto da fabricante de sorvetes americana Ben & Jerry suspender as vendas da versão limitada, chamada "Taste The Lin Sanity", que estavam sendo vendidos próximo de Harvard, e trocar os biscoitos da sorte por pedaços de bolachas waffles. Na página da empresa no Twitter foram publicados também pedidos de desculpas, como o de que “A empresa é fã do esporte e queria apenas honrar a imagem de Jeremy”.
  • 5. Melissa: pela falha de divulgação

    5 /11

    Falhamos. E estamos admitindo que falhamos, disse Paulo Antônio Pedó Filho, gerente da divisão Melissa em um comunicado divulgado no site da companhia recentemente. O pedido foi feito depois que a companhia convidou duas blogueiras brasileiras para participar do evento de inauguração da Galeria Melissa em NY – e comentar sobre as novidades que viram por lá a todas as outras fãs da marca que não receberam o convite. O problema é que a cobertura foi mal feita e o critério de seleção do convite considerado injusto, de acordo com a opinião de consumidoras da marca na rede social da Melissa. As reclamações foram tantas que a empresa se sentiu na obrigação de publicar um comunicado oficial em seu site para justificar sua escolha e admitir que errou na maneira de conduzir o episódio.
  • 6. Foxconn: por chamar funcionários de animais

    6 /11(Reuters)

    Gerenciar um milhão de animais dá dores de cabeça ao presidente da chinesa Foxconn , Terry Gou. Não, ele não tem um zoológico, nem se referia aos seus bichos de estimação quando soltou a pérola, em janeiro, mas sim aos seus um milhão de funcionários na China. “Seres humanos também são animais”, disse ele. A má impressão causada pelo episódio fez com que a empresa pedisse desculpas publicamente a "quem se sente ofendido” pelos comentários do presidente e ressaltou que as observações de Gou foram tiradas do contexto pela mídia. A Foxconn é a maior fabricante de componentes para computadores e monta produtos para Apple - incluindo o iPhone - ao lado da Sony e da Nokia.
  • 7. Advantage S. A.: por matar peixes figurantes

    7 /11

    A agência de comunicação australiana Advantage e sua parceira Advantage Adelaide tinham uma missão de enviar um presente promocional para agências de mídias para incentivá-las a promover o Sul da Austrália. Resolveram então enviar de presente a 55 contatos um pequeno recipiente com um peixe e os dizeres: “seja um peixe grande em uma pequena lagoa e venha testar a água". O problema é que os peixes não sobreviveram até o fim da campanha e a grande maioria das pessoas recebeu um peixe morto de presente. A empresa assumiu o desastre da ação e pediu desculpas pelo incidente, segundo o site australiano News.com. "Não tínhamos nenhuma intenção de causar sofrimento aos peixes", disseram, além de prometer contribuir com entidades de proteção animal.
  • 8. Tepco: por causar um acidente nuclear

    8 /11(Yoshikazu Tsuno/AFP)

    Depois de sofrer um terremoto e um tsunami, o Japão enfrentou ainda o acidente nuclear na usina de Fukushima, há um ano. A partir daí, a dona da usina, a companhia Tokyo Electric Power Company ( Tepco ), também passou por abalos graves de estrutura. O presidente na época, Masataka Shimizu, renunciou ao seu posto como forma de assumir a responsabilidade pelo acidente nuclear, mas as ações da empresa não paravam de cair e chegaram a valer, em junho, 148 ienes, frente aos mais de dois mil ienes que valiam antes do acidente nuclear. Além disso, o presidente de honra da companhia de energia, Tsunehisa Katsumata, pediu desculpas aos acionistas do grupo pelas "moléstias e preocupação" causadas após o acidente. O pedido foi feito em uma reunião com acionistas que reuniu um número recorde de pessoas, cerca de 8.600, e em meio a fortes medidas de segurança diante dos protestos anunciados por vários grupos de ativistas.
  • 9. Dior: por declarações antissemitas

    9 /11(Getty Images)

    Depois de declarar amor a Adolf Hitler em uma entrevista ao tablóide britânico "The Sun", em maio, o estilista britânico John Galliano foi demitido pela grife Christian Dior e ainda teve de pedir desculpas pelas supostas declarações antissemitas. Em comunicado, o estilista garante que "o racismo e a conduta antissemita não têm cabimento na atual sociedade" e se desculpa "sem reservas" se o seu comportamento "ofendeu alguém". Galliano foi demitido depois dele supostamente ter dito insultos antissemitas enquanto estava bêbado e tentar agredir um casal que estava em um bar, além de gritar que amava Hitler. A cena foi gravada e disseminada na Internet. "Devo assumir responsabilidade pelas circunstâncias nas quais me encontrei e por permitir ter me comportado da pior forma possível", disse ele.
  • 10. Arezzo: fabricar produtos com peles de animais

    10 /11(Divulgacao)

    "A Arezzo entende e respeita as opiniões e manifestações contrárias ao uso de peles exóticas na confecção de produtos de vestuário e acessórios”, dizia parte do comunicado publicado pela Arezzo em sua página na Internet, em abril. O comunicado, bem como o anúncio do fim da Pelemania se deu depois que a coleção baseada em peles de animais virou alvo de críticas ferrenhas nas redes sociais, especialmente no Twitter, onde chegou a emplacar dois tópicos entre os mais comentados pelos usuários de microblogs. Mesmo após a Arezzo ter anunciado que iria retirar das lojas os produtos, os internautas ainda questionavam a postura da empresa. “Casacos de pele em pleno século XXI, no auge da sustentabilidade. Muito estratégico”, comentou um deles.
  • 11. Elpida Memory: por ter falido

    11 /11(Reprodução)

    No Japão um caso raro de reconhecimento de culpa aconteceu em fevereiro. Yukio Sakamoto, presidente da fabricante japonesa de chips de memória Elpida Memory, reuniu-se com 800 pessoas, como representantes de parceiros comerciais e de instituições financeiras, em Tóquio para pedir desculpas. O motivo? Ter levado a companhia à falência. Sakamoto explicou os detalhes do processo de falência e atribuiu a mesma à queda dos preços dos chips DRAM no mercado global, as enchentes na Tailândia e a valorização do iene. As dívidas da companhia chegam a aproximadamente 5,5 bilhões de dólares.
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