10 empresas que tomaram atitudes radicais para se salvar
Anúncios astronômicos de demissões, fechamento de fábricas e até parcerias inusitadas; veja quem promoveu mudanças enérgicas para permanecer no mercado
Ações radicais (SXC.Hu)
Daniela Barbosa
Publicado em 7 de dezembro de 2012 às 05h00.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h12.
Nesta semana, o Citigroup anunciou que vai demitir 11.000 pessoas e fechar 84 agências para cortar custo e voltar a crescer. O montante representa 4% do seu quadro de funcionários e nem o Brasil será poupado. No país, 14 agências serão fechadas. Assim como o Citi, outras empresas também tiveram ou terão que tomar atitudes severas para conseguir se manter de pé no mercado. Clique nas fotos e veja dez exemplos:
O Citigroup vai demitir 11.000 funcionários e fechar 84 agências em todo o mundo. O anúncio foi feito pelo grupo financeiro, nesta semana, e não vai poupar nem as operações brasileiras do banco. Com as demissões, o Citi espera gastar cerca de 300 milhões de dólares, mas, no longo prazo, economizar mais de 1 bilhão de dólares por ano com despesas. "Identificamos áreas e produtos que não trazem retorno para a instituição. Por isso queremos aumentar mais nossa eficiência", afirmou Michael Corbat, presidente do banco, em comunicado.
Outra companhia que radicalizou para continuar no mercado foi a Kodak. Desde o início do ano, a companhia enfrenta uma série de dificuldades financeiras e precisou pedir proteção contra a falência. Em agosto desse ano, a companhia colocou à venda seu braço de câmeras fotográficas. O segmento era a essência dos negócios da empresa – conhecida no mundo inteiro por seus filmes e máquinas de fotografia. A decisão foi mais uma tentativa da companhia de reverter seu estado de quase falência.
Em agosto, a Lexmark anunciou a reestruturação de suas operações a fim de cortar custos, e se recuperar da atual crise na qual está mergulhada. Para isso, a companhia planeja parar de produzir impressoras a jato de tinta a partir de 2013, fechar uma fábrica nas Filipinas e eliminar pelo menos 1.700 vagas, o correspondente a 13% da sua força de trabalho. Com a decisão, a companhia espera gerar economia de 95 milhões de dólares por ano.
Desde o ano passado, a Philips vem tomando diversas medidas severas para driblar a crise. Além das centenas de demissões anunciadas no decorrer de 2011, a companhia também desistiu definitivamente do seu negócio de TV – que por muito tempo foi o principal da empresa. Em abril do ano passado, ela anunciou um acordo com a chinesa TPV, para vender 70% dos seus ativos de TVs, com o direito de compra da participação restante.
O mercado europeu não vem favorecendo ninguém e, por isso, a Ford decidiu reestruturar os seus negócios por lá. Em outubro, a montadora anunciou que vai fechar, até 2014, sua fábrica na Bélgica e demitir cerca de 4.300 pessoas. No mesmo mês, a companhia americana anunciou também que pretende fechar, em 2013, duas fábricas no Reino Unidos, com mais 1.400 demissões à vista.
No mês passado, a fabricante alemã de lâmpadas Osram, da Siemens, anunciou o corte de 4.700 empregos, o que representa 12% da sua força de trabalho. Além das demissões, a companhia pretende também vender fábricas a fim de economizar 1,3 bilhão de dólares nos próximos três anos.
No final do ano passado, a American Airlines entrou com pedido de recuperação judicial, nos Estados Unidos. E uma das saídas encontradas pela companhia aérea para se ver livre da crise foi unir suas operações com uma empresa concorrente bem menor. Em abril deste ano, American Airlines e a US Airways deram o pontapé inicial para um processo de fusão. A US, também americana, tem metade do tamanho da AA.
A Billabong também precisou se virar nos 30 para se safar da crise em que está mergulhada desde o início do ano. Até proposta para ser comprada, ela recebeu. Sem muita saída, no mês passado, Paul Naude, presidente da companhia nas Américas, decidiu pedir afastamento de suas funções para avaliar a possibilidade de ele próprio se tornar dono da famosa marca de surfe. O executivo tem, até o início do ano, de propor uma solução ao caso. Passado esse período, o conselho vai decidir se dará mais tempo ao executivo, ou determinar que ele retorne às suas funções de diretor presidente.
Em setembro, o Yahoo! se desfez de um negócio bilionário para se capitalizar. A companhia, administrada por Marissa Mayer, vendeu 20% de sua participação no site Alibaba ao grupo de mesmo nome por 7,6 bilhões de dólares. Com a venda, o Yahoo! voltou a respirar aliviado. No terceiro trimestre, a companhia somou lucro de 3,1 bilhões de dólares - quase 1000% a mais na comparação com o mesmo período de 2011.
A Panasonic e a Sony uniram suas forças para começar a produzir uma nova geração de TVs de telas planas, que estará no mercado a partir de 2013. A estratégia tem a ver com o mau momento financeiro vivido pelas duas companhias asiáticas no mercado. As duas anunciaram recentemente que vão fechar fábricas e demitir centenas de pessoas para continuar de pé.
12. Veja, agora, empresas que prometeram fazer contrataçõeszoom_out_map
Sem histórico como empresário e enfrentando o auge da crise de 2008, o empresário Jeffrey Tiong logo descobriu que o mercado pode ser cruel para inexperientes em gestão financeira
Kakao Blumenn, que produz cerca de 2,4 toneladas da iguaria por ano, viu o faturamento quadruplicar em três anos e a perspectiva é iniciar a exportação dos produtos sob demanda em 2025