10 empresas que terão que mostrar serviço em 2012
Companhias como, OGX, do empresário Eike Batista, e Schincariol, que agora tem novo dono, estarão nos holofotes dos negócios e terão que entregar resultados neste ano
Daniela Barbosa
Publicado em 3 de janeiro de 2012 às 09h12.
Última atualização em 13 de setembro de 2016 às 16h28.
São Paulo – O ano mal começou, mas algumas empresas já estão na mira de investidores, fornecedores e clientes. Seja porque precisam reverter resultados negativos ou porque precisam apresentar, pela primeira vez, algum resultado. Dentre as companhias que estão nos holofotes dos negócios, neste ano, a OGX , do empresário Eike Batista , prometeu ainda neste mês de janeiro produzir petróleo. A Schincariol , por sua vez, terá o primeiro ano cheio sob o controle da japonesa Kirin. Veja, a seguir, 10 empresas que precisam mostrar serviço em 2012:
Falta bem pouco para que o homem mais rico do Brasil, Eike Batista, cumpra o que há tempos vem prometendo. A data para que a OGX comece a produzir petróleo é 23 de janeiro e, até agora, a empresa parece comprometida com os planos. Ontem, a companhia recebeu do Ibama licença de operação para o teste de longa duração no campo de Waimea, na Bacia de Campos. É a primeira vez que a empresa de Eike assumiu uma data, depois de sucessivos adiamentos.
O ano passado não foi um dos melhores para a fabricante de válvulas e cabos utilizados em plataformas de exploração de petróleo. Isso porque, até o terceiro trimestre do ano, a companhia havia acumulado perdas de 116 milhões de reais – quase 3000% maior que o registrado no período anterior. Na ocasião, a companhia chegou a reconhecer que estava passando por uma situação financeira delicada, principalmente, porque tinha dívidas em dólar e não tinha dinheiro suficiente para honrar seus compromissos. Apesar da situação crítica da Lupatech, que estava preste a dar um calote no mercado, na última semana de 2011, a companhia anunciou um aumento de capital de 700 milhões de reais. O montante deve ajudar a empresa a fortalecer sua estrutura financeira e sair da crise a assolou no ano anterior. Agora, cabe ao mercado acompanhar os próximos passos.
Os negócios da Vale vão muito bem, mas é importante acompanhar os passos da companhia em 2012, principalmente, porque este é o primeiro ano cheio que a empresa está sob o comando de Murilo Ferreira, sucessor de Roger Agnelli. Apesar de o mercado perceber poucas mudanças na gestão de Ferreira, o novo CEO da companha, já mudou o discurso e adotou um tom mais conciliador com o governo.
2012 será o primeiro ano cheio em que o controle da cervejaria brasileira está nas mãos da Kirin. Apesar de não fazer muito alarde do que pretende fazer com os negócios da Schin, há rumores que a companhia japonesa traga para o Brasil suas linhas de produtos. Nas poucas declarações que deu sobre a operação, a Kirin apenas afirmou que pagou um preço razoável pela cervejaria e que no potencial de crescimento do mercado brasileiro de cerveja.
Os negócios do grupo Pão de Açúcar vão muito bem, mas a partir de junho deste ano, o empresário Abilio Diniz terá que cumprir o prometido em acordo firmado com o Casino e entregar ao grupo francês uma ação que garante a troca de controle. A partir do segundo semestre deste ano, o mercado terá que acompanhar os passos do Pão de Açúcar com mais cautela, isso porque a maior varejista do país não estará mais sob os cuidados de Abilio.
A Gafisa já arrumou a casa para estrear 2012 com o pé direito. A construtora, em 2011, precisou reduzir as metas de lançamentos e viu seu lucro desabar no terceiro trimestre do ano, principalmente por conta da Tenda, seu braço de construção popular. Desde o ano passado, para reverter o cenário negativo, a Gafisa colocou em prática uma série de estratégias, que visa, entre outras coisas, dar mais ênfase para os empreendimentos que tragam mais margem. Não foi à toa que os projetos da Tenda fora reduzidos em mais de 90% no ano passado.
Em 2011, a Hypermarcas se desfez de seus braços de higiene e limpeza e alimentos para focar em dois segmentos que podem trazer mais rentabilidade para a companhia: medicamentos e higiene pessoal. A decisão foi bem vista pelo mercado, que agora aguarda, com ansiedade, resultados da companhia que um dia tentou ser a Unilever by Brasil.
Muito se ouviu falar da Gradiente em 2011, mas nada de fato chegou a se concretizar no ano que terminou. Segundo informações oficiaisl da nova empresa, a CBTD, a companhia iniciou a fase pré-operacional em agosto de 2011 e se prepara para lançar sua primeira linha de produtos no primeiro semestre de 2012.
O ano de 2011 foi bastante agitado para a Marfrig. A companhia, que chegou a ser acusada de manipular suas ações por uma corretora, encerrou o ano com boas perspectivas para 2012. Isso porque, no ano passado, a Brasil Foods e a Marfrig firmaram acordo que visa a troca de ativos entre elas. O frigorífico vai ganhar as marcas que precisam ser alienadas para que a fusão entre Perdigão e Sadia seja aprovada, de fato, pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Segundo estimativas do mercado, a Marfrig vai fortalecer sua atuação no mercado doméstico, com presença maior em produtos processados e somar 2 bilhões de reais ao seu faturamento.
O ano de 2012 será de muitas mudanças para a Telefônica, a começar pelo nome. A partir de abril, a companhia aposenta o marca Telefônica e passa a se chamar Vivo no país. A decisão tem a ver com o fato de a companhia querer se desvencilhar de um nome que é campeão de reclamações no país e já perdeu o respeito dos consumidores há tempos. Resta saber se só o nome da Telefônica vai mudar ou se sua postura com relação ao atendimento dos clientes também.