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Zona do euro está preparada para potencial saída da Grécia

O governo grego deve devolver ao FMI cerca de 1,5 bilhão de euros ao longo do mês de junho e os rumores são de que não há dinheiro suficiente


	O economista-chefe do FMI, o francês Olivier Blanchard: segundo Blanchard, não há perigo de contágio na zona do euro, nem que uma potencial saída da Grécia seja seguida por outros países em crise
 (©AFP / Stephen Jaffe)

O economista-chefe do FMI, o francês Olivier Blanchard: segundo Blanchard, não há perigo de contágio na zona do euro, nem que uma potencial saída da Grécia seja seguida por outros países em crise (©AFP / Stephen Jaffe)

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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2015 às 16h01.

Dresden - O economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Olivier Blanchard, considera que a zona do euro sobreviveria à saída da Grécia da divisa comum, em entrevista que nesta quarta-feira foi antecipada pelo jornal econômico alemão "Handelsblatt".

"Esperemos não chegar a isto. Mas se ocorrer, tenho certeza de que o euro sobreviverá", assegura.

Segundo este especialista, ainda é "possível" uma solução para a crise financeira grega, apesar dos prazos estarem acabando sem que Atenas e seus credores alcancem um acordo que estabilize a situação e forneça liquidez aos cofres públicos helenos.

O governo grego deve devolver ao FMI cerca de 1,5 bilhão de euros ao longo do mês de junho e os rumores abundam -instigados por declarações helenas- que não há dinheiro suficiente para que Atenas cumpra com suas obrigações, o que gerou muita instabilidade nos mercados europeus.

Para Blanchard, a solução passa por "mais créditos externos", já que Atenas não está cumprindo com as previsões fixadas em seu resgate e sua recuperação financeira é muito mais tímida do que o previsto.

A julgamento do economista-chefe do FMI, também não há perigo de contágio na zona do euro e que a uma potencial saída da Grécia seja seguida por outros países em crise, já que o Banco Central Europeu (BCE) "tem os meios para ter tudo atado".

Os riscos "relevantes" do passado foram em grande medida superados, acrescenta Blanchard. 

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