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Zika pode ter se transformado em síndrome congênita, diz OMS

O aumento de casos de microcefalia e outras desordens neurológicas foi declarado há cinco meses como uma emergência internacional de saúde pública

Zika: o aumento de casos de microcefalia e outras desordens neurológicas foi declarado há cinco meses como uma emergência internacional de saúde pública (Marvin Recinos / AFP)
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Da Redação

Publicado em 2 de junho de 2016 às 13h28.

Genebra - A variedade de anomalias observadas em recém-nascidos e que podem ser causadas pelo zika vírus aponta para a presença de "uma nova síndrome congênita", segundo um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde ( OMS ).

"A OMS estabeleceu um processo para definir o espectro desta síndrome. O processo se centra na elaboração de mapas e na análise de manifestações clínicas, incluindo anomalias neurológicas, auditivas, visuais e de outros tipos", indicam os especialistas no editorial do boletim mensal da organização.

Os especialistas anteciparam que o alcance da síndrome se estenderá "conforme for disponível mais informações e houver um acompanhamento mais prolongado das crianças afetadas".

O aumento de casos de microcefalia e outras desordens neurológicas no nordeste do Brasil, assim como em outros lugares da América Latina, foi declarado há cinco meses como uma emergência internacional de saúde pública pela OMS.

Enquanto no Brasil há 1.434 casos de microcefalia reportados pelas autoridades, a OMS recebeu informação de três casos em Cabo Verde, sete na Colômbia, oito na Polinésia Francesa, dois em Martinica e quatro no Panamá.

"Para propagação, é possível que milhares de bebês sofram incapacidades neurológicas de moderadas a severas", segundo o artigo, que é assinado por cinco especialistas da OMS e dois de sua entidade regional, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Por esta razão -agregam- é preciso incluir uma população mais ampla do que simplesmente as crianças com microcefalia na vigilância rotineira e nos protocolos de pesquisa.

O editorial também afirma que "a evidência existente e dados sem publicar" fazem patente que as anomalias congênitas são mais amplas do que inicialmente pensado.

"É necessário compartilhar os dados para definir a síndrome", insistem os autores, que revelam que "a maior parte de dados relacionados com manifestações congênitas" da zika "seguem sem ser publicados".

Sobre as perspectivas, a análise antecipa que a emergência internacional sanitária desta situação é "diferente" das outras por suas consequências na saúde e seu impacto social a longo prazo.

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Genebra - A variedade de anomalias observadas em recém-nascidos e que podem ser causadas pelo zika vírus aponta para a presença de "uma nova síndrome congênita", segundo um grupo de especialistas da Organização Mundial da Saúde ( OMS ).

"A OMS estabeleceu um processo para definir o espectro desta síndrome. O processo se centra na elaboração de mapas e na análise de manifestações clínicas, incluindo anomalias neurológicas, auditivas, visuais e de outros tipos", indicam os especialistas no editorial do boletim mensal da organização.

Os especialistas anteciparam que o alcance da síndrome se estenderá "conforme for disponível mais informações e houver um acompanhamento mais prolongado das crianças afetadas".

O aumento de casos de microcefalia e outras desordens neurológicas no nordeste do Brasil, assim como em outros lugares da América Latina, foi declarado há cinco meses como uma emergência internacional de saúde pública pela OMS.

Enquanto no Brasil há 1.434 casos de microcefalia reportados pelas autoridades, a OMS recebeu informação de três casos em Cabo Verde, sete na Colômbia, oito na Polinésia Francesa, dois em Martinica e quatro no Panamá.

"Para propagação, é possível que milhares de bebês sofram incapacidades neurológicas de moderadas a severas", segundo o artigo, que é assinado por cinco especialistas da OMS e dois de sua entidade regional, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Por esta razão -agregam- é preciso incluir uma população mais ampla do que simplesmente as crianças com microcefalia na vigilância rotineira e nos protocolos de pesquisa.

O editorial também afirma que "a evidência existente e dados sem publicar" fazem patente que as anomalias congênitas são mais amplas do que inicialmente pensado.

"É necessário compartilhar os dados para definir a síndrome", insistem os autores, que revelam que "a maior parte de dados relacionados com manifestações congênitas" da zika "seguem sem ser publicados".

Sobre as perspectivas, a análise antecipa que a emergência internacional sanitária desta situação é "diferente" das outras por suas consequências na saúde e seu impacto social a longo prazo.

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