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WikiLeaks: Turquia quer que EUA cobrem seus diplomatas

Primeiro-ministro aproveitou para negar que tenha contas na Suíça, como as mensagens vazadas pelo site sugerem

O presidente dos EUA, Barack Obama (direita), e o premiê turco Recep Tayyip Erdogan (Chip Somodevilla/Getty Images)

O presidente dos EUA, Barack Obama (direita), e o premiê turco Recep Tayyip Erdogan (Chip Somodevilla/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 19h36.

Ancara, Turquia - O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, reivindicou aos Estados Unidos que "peçam satisfação" aos diplomatas autores das mensagens vazadas pelo WikiLeaks nas quais são feitas avaliações pessoais de políticos turcos e é dito que Erdogan teria oito contas bancárias na Suíça.

"As acusações feitas pelos diplomatas, baseadas em fofocas infundadas, são só o primeiro problema dos Estados Unidos", afirmou Erdogan.

"Os EUA têm que pedir satisfações a seus diplomatas", declarou Erdogan, que insistiu que embora Washington já tenha se desculpado, também "tem que fazer o que é preciso fazer" com os diplomatas autores das mensagens.

O líder turco negou que tenha contas bancárias na Suíça, como é dito em uma das mensagens diplomáticas da Embaixada dos Estados Unidos em Ancara que foi vazada.

"Não tenho nem um centavo em bancos suíços", afirmou o líder turco. "Se provarem isso, não ocuparei este assento (de primeiro-ministro) nem mais um segundo", prometeu.

Erdogan também assegurou que seu Governo recorrerá à Justiça nacional e internacional para processar os diplomatas que fizeram as afirmações e pediu à imprensa local que não divulgue "fofocas infundadas".

O primeiro-ministro criticou a afirmação da oposição de que averiguará as afirmações do WikiLeaks. "Pode ser que não gostem do primeiro-ministro, mas se têm algum respeito pelo país, não podem se fiar nas afirmações de estrangeiros e daqueles cuja sua identidade é desconhecida", defendeu Erdogan.

Por outro lado, o canal de notícias "NTV" citou altos cargos do AKP (partido governista), dizendo que teria começado uma investigação sobre os informantes que falaram com os embaixadores dos Estados Unidos sobre questões internas do Governo turco.

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