WikiLeaks: Assange disse que o WikiLeaks está analisando milhares de páginas de material (©AFP/Getty Images/File / Joe Raedle)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2016 às 10h43.
O fundador do WikiLeaks, Julian Assange, alertou que sua campanha divulgará novos documentos envolvendo a candidata presidencial democrata, Hillary Clinton, que podem ser "significativos" para a eleição americana.
Em uma entrevista na quarta-feira à rede de televisão Fox News, Assange, que está abrigado na embaixada equatoriana em Londres desde 2012, enquanto enfrenta um pedido de extradição, disse que o WikiLeaks está analisando milhares de páginas de material.
Uma série de documentos de várias instituições que estão associados com a campanha eleitoral renderam "alguns ângulos bastante inesperados, que são muito interessantes, alguns até divertidos", disse.
Assange relatou que os documentos serão divulgados antes das eleições de 8 de novembro.
Quando perguntado se o vazamento seria um divisor de águas para a votação, declarou: "Acho que é significativo. Depende de como ele incendiará o público e os meios de comunicação".
Antes da Convenção Nacional Democrata (DNC), realizada em julho, o WikiLeaks divulgou cerca de 20.000 e-mails recolhidos por hackers que aparentemente invadiram as contas de sete líderes democratas.
Os e-mails mostraram que os supostamente neutros líderes do partido estavam tentando minar a campanha do pré-candidato democrata Bernie Sanders e levaram à renúncia da líder do Partido Democrata, Debbie Wasserman Schultz.
"No caso dos vazamentos do DNC, por exemplo, os lançamos o mais rápido que pudemos para tentar fazer isso antes da Convenção Nacional Democrata, obviamente porque as pessoas têm o direito de saber em quem estão votando", explicou Assange.
"O mesmo ocorre aqui para o processo eleitoral dos Estados Unidos", acrescentou.
Assange, de 45 anos, está há cinco anos na embaixada do Equador em Londres para evitar sua extradição à Suécia por supostos crimes sexuais, que ele nega.
Ele afirma que o pedido sueco é uma manobra para ser entregue aos Estados Unidos, onde teme ser condenado por ter vazado em 2010 através do WikiLeaks cerca de 500.000 documentos confidenciais sobre o Iraque e Afeganistão, além de 250.000 comunicados diplomáticos que constrangeram Washington.