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Warner promete denunciar escândalo e diz temer por sua vida

Ex-vice-presidente da FIFA prometeu que vai revelar novos fatos que devem abalar a entidade e o presidente Joseph Blatter


	Jack Warner, ex-presidente da Concacaf: "eu realmente temo por minha vida"
 (REUTERS/Andrea De Silva)

Jack Warner, ex-presidente da Concacaf: "eu realmente temo por minha vida" (REUTERS/Andrea De Silva)

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2015 às 23h46.

Marabella, Trinidad e Tobago - Ex-vice-presidente da FIFA, Jack Warner prometeu nesta quarta-feira que vai revelar novos fatos que devem abalar a entidade e seu presidente, Joseph Blatter.

Em comunicado pela televisão em rede nacional, o atual membro do Parlamento de Trinidad e Tobago indicou que estaria recebendo ameaças. "Eu realmente temo por minha vida", declarou.

"Nem mesmo a morte vai parar a avalanche que está por vir. Não há como voltar atrás. Vamos deixar as fichas caírem onde elas devem cair", declarou Warner, em tom enigmático. "Não vou mais esconder segredos daqueles que realmente querem destruir o meu país", disse o ex-ministro da Segurança Nacional de Trinidad e Tobago.

Warner não revelou quais novos fatos devem atingir a FIFA. No entanto, afirmou ter documentos e comprovantes que ligam funcionários da entidade, incluindo Blatter, às eleições de 2010, em Trinidad e Tobago. Naquele ano, Warner foi eleito com a maior votação do Parlamento nacional. Ele pretende entregar estes documentos à Justiça. "Eu peço desculpas por não ter revelado estas informações antes", declarou.

O ex-dirigente esportivo trinitino é um dos 14 indiciados pela Justiça dos Estados Unidos na investigação que pretendeu sete cartolas da FIFA na quarta-feira passada, em Zurique. Warner não foi preso porque estava em Trinidad e Tobago. Afastado da entidade, não podia participar do congresso realizada entre quinta-feira e sábado.

Ex-presidente da Concacaf e ex-membro do Comitê Executivo da FIFA, ele responde a acusações de fraude, extorsão e lavagem de dinheiro. Dois dos seus filhos, Daryan e Daryl, não apenas confessaram acusações relacionadas como foram delatores das denúncias que abalaram a FIFA durante a investigação da Justiça norte-americana. Warner poderá ser extraditado para ser preso nos Estados Unidos.

O trinitino deixou o futebol em 2011, para evitar punições da FIFA em um escândalo durante a eleição presidencial da FIFA naquele ano. "Eu reitero que sou inocente de qualquer acusação. Eu estou longe da política no futebol mundial para mergulhar na melhoria da vida neste país onde eu irei, se Deus quiser, morrer", declarou Warner na semana passada, ao ser informado sobre as investigações.

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