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Warner é suspeito de desviar doações a vítimas de terremoto

Em 2010 o Haiti sofreu um dos piores terremotos da história, com um impacto devastador sobre sua população

Jack Warner: dinheiro, segundo a investigação, foi enviado a contas pessoais de Warner (REUTERS/Andrea De Silva)
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Da Redação

Publicado em 9 de junho de 2015 às 09h15.

Zurique - Vice-presidente da Fifa até 2011, Jack Warner é suspeito de ter desviado dinheiro que havia sido doado para as vítimas do terremoto no Haiti e que deixou mais de 200 mil mortos.

No dia 12 de janeiro de 2010, o país sofreu um dos piores terremotos da história, com um impacto devastador sobre sua população.

Mas de 3 milhões de pessoas foram afetadas, 250 mil casas foram destruídas e 30 mil prédios comerciais desabaram.

Dias depois, a Fifa anunciaria o envio de US$ 250 mil para ajudar as vítimas e, em especial o futebol, também afetado pela catástrofe.

Parceiros sul-coreanos completariam a doação, que teria chegado a quase US$ 1 milhão.

O terremoto no Haiti destruiu a federação de futebol do país e matou pelo menos 30 de seus integrantes entre jogadores, técnicos e cartolas.

Um dos treinadores mais famosos do Haiti, Jean-Yves Labaze foi uma das vítimas do terremoto.

Em 2007, conseguiu a classificação histórica da seleção para o Mundial Sub-17. Muitos dos dirigentes que estavam no prédio eram jogadores da seleção no início da década.

No momento do terremoto, uma reunião estava ocorrendo com a cúpula do futebol haitiano para planejar 2010 e reforçar o objetivo de criar um time nacional competitivo.

Mas, segundo as investigações do FBI, o dinheiro acabou sendo desviado pelos cartolas.

Os investigadores suspeitam que o então vice-presidente da Fifa, Jack Warner, ficou com US$ 750 mil. Naquele momento, ele era o presidente da Confederação de Futebol da América do Norte e América Central, responsável pelo Haiti.

O dinheiro, segundo a investigação, foi enviado a contas pessoais de Warner. "Os recursos foram colocados sob a direção de Warner e, ao final, colocados para seu uso pessoal", indicou o indiciamento do Departamento de Justiça dos EUA.

Em 2012, diante de ataques, Warner produziu um informe que supostamente mostraria o uso do dinheiro no Haiti. Mas a Federação Haitiana de Futebol contestou os dados, alegando que apenas recebeu cerca de US$ 5 mil e para o tratamento médico de um dos dirigentes.

Warner contra-atacou: "Não preciso responder a ninguém". "Aqueles que queiram fazer alegações, que o façam", completou.

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Zurique - Vice-presidente da Fifa até 2011, Jack Warner é suspeito de ter desviado dinheiro que havia sido doado para as vítimas do terremoto no Haiti e que deixou mais de 200 mil mortos.

No dia 12 de janeiro de 2010, o país sofreu um dos piores terremotos da história, com um impacto devastador sobre sua população.

Mas de 3 milhões de pessoas foram afetadas, 250 mil casas foram destruídas e 30 mil prédios comerciais desabaram.

Dias depois, a Fifa anunciaria o envio de US$ 250 mil para ajudar as vítimas e, em especial o futebol, também afetado pela catástrofe.

Parceiros sul-coreanos completariam a doação, que teria chegado a quase US$ 1 milhão.

O terremoto no Haiti destruiu a federação de futebol do país e matou pelo menos 30 de seus integrantes entre jogadores, técnicos e cartolas.

Um dos treinadores mais famosos do Haiti, Jean-Yves Labaze foi uma das vítimas do terremoto.

Em 2007, conseguiu a classificação histórica da seleção para o Mundial Sub-17. Muitos dos dirigentes que estavam no prédio eram jogadores da seleção no início da década.

No momento do terremoto, uma reunião estava ocorrendo com a cúpula do futebol haitiano para planejar 2010 e reforçar o objetivo de criar um time nacional competitivo.

Mas, segundo as investigações do FBI, o dinheiro acabou sendo desviado pelos cartolas.

Os investigadores suspeitam que o então vice-presidente da Fifa, Jack Warner, ficou com US$ 750 mil. Naquele momento, ele era o presidente da Confederação de Futebol da América do Norte e América Central, responsável pelo Haiti.

O dinheiro, segundo a investigação, foi enviado a contas pessoais de Warner. "Os recursos foram colocados sob a direção de Warner e, ao final, colocados para seu uso pessoal", indicou o indiciamento do Departamento de Justiça dos EUA.

Em 2012, diante de ataques, Warner produziu um informe que supostamente mostraria o uso do dinheiro no Haiti. Mas a Federação Haitiana de Futebol contestou os dados, alegando que apenas recebeu cerca de US$ 5 mil e para o tratamento médico de um dos dirigentes.

Warner contra-atacou: "Não preciso responder a ninguém". "Aqueles que queiram fazer alegações, que o façam", completou.

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