Mensagens de apoio a Chávez, em um muro de Caracas (Juan Barreto/AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de fevereiro de 2013 às 10h12.
Caracas - O retorno do presidente venezuelano, Hugo Chávez, a seu país, na madrugada desta segunda-feira, representa uma "pequena vitória", embora seu processo de recuperação contra o câncer continue "difícil", informou o governo.
"O presidente está em processo de recuperação, que é difícil, duro e complexo. O fato de que tenha retornado de Havana é uma pequena vitória, (mas) não significa que tenha deixado de estar em uma circunstância difícil", disse o ministro da Comunicação, Ernesto Villegas, em entrevista à emissora local Unión Radio.
Chávez "continua estando em uma situação delicada, complexa", acrescentou o encarregado, que admitiu que ainda não pôde vê-lo após seu surpreendente retorno de Cuba na madrugada,
Mais cedo, o vice-presidente Nicolás Maduro havia dito que Chávez "está bem", "consciente" e "muito motivado", após visitá-lo no hospital militar de Caracas, onde o chefe de Estado foi internado para dar prosseguimento ao seu tratamento contra o câncer.
Chávez, de 58 anos, voltou na madrugada desta segunda-feira após terminar sua convalescença de 70 dias em Havana após se submeter à quarta cirurgia contra um câncer, contra o qual luta desde meados de 2011.
"O presidente está bem, está consciente, está muito feliz e motivado por estar aqui em sua pátria venezuelana", disse Maduro à imprensa ao deixar o hospital no oeste de Caracas, onde o governante dará continuidade ao tratamento contra o câncer.
"Todos estamos compartilhando esta imensa alegria e motivação com o povo", disse o vice-presidente, que depois da visita ao chefe de Estado tem previsto presidir um conselho de ministros.
O vice, que pediu aos venezuelanos para festejar "em calma" o retorno do presidente, qualificou de "asquerosas" as críticas da oposição sobre o retorno de Chávez e pediu que "respeitem a felicidade do povo".
Maduro deu estas declarações em meio a vivas dos chavistas, que se concentraram ao longo do dia nos arredores do hospital, onde em 2011 Chávez fez a terceira de quatro sessões de quimioterapia, e nas principais praças do país, atendendo a uma convocação do governo.
Também estiveram no hospital o genro de Chávez e ministro da Ciência e Tecnologia, Jorge Arreaza, e o ministro do Petróleo e Mineração, Rafael Ramírez.