Vitória do PMDB abre palanque para Dilma no DF
São Paulo - A vitória de um candidato do PMDB ao governo do Distrito Federal, no sábado, abriu caminho para aliança com o PT em Brasília na eleição de outubro e, consequentemente, para formação de palanque forte à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. A estratégia e a negociação do acordo passaram pelo […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h45.
São Paulo - A vitória de um candidato do PMDB ao governo do Distrito Federal, no sábado, abriu caminho para aliança com o PT em Brasília na eleição de outubro e, consequentemente, para formação de palanque forte à candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República. A estratégia e a negociação do acordo passaram pelo Planalto.
O advogado Rogério Rosso (PMDB) venceu com o apoio "disfarçado" dos petistas na votação realizada pelos deputados distritais. Isso porque o PT viveu um dilema no sábado: fazer um acordo de última hora com o ex-governador Joaquim Roriz para tentar ganhar a eleição com o petista Antônio Ibãnez, ou ser "coadjuvante" e deixar o PMDB ganhar a disputa. Prevaleceu a segunda opção.
O grupo de Roriz, sob a interlocução da deputada Eliana Pedrosa (DEM), fez uma proposta ao PT pouco antes da eleição, depois de perceber que o deputado e candidato Wilson Lima (PR) não tinha chances. Pela proposta da deputada, Lima abriria mão de sua candidatura em troca de ser indicado por Ibãnez, em caso de vitória, para uma vaga no Tribunal de Contas do DF.
Ao recusar acordo com Roriz, o PT sinalizou aos peemedebistas a possibilidade de composição para outubro: entregar a vaga de vice-governador ou senador ao deputado federal Tadeu Filippelli (PMDB), articulador da campanha de Rogério Rosso. O PT já lançou Agnelo Queiroz como pré-candidato ao governo do DF.
Rogério Rosso foi eleito com o compromisso de não ser candidato em outubro. Ex-aliado e hoje adversário de Roriz, Filippelli busca uma chapa forte para derrotar o ex-governador, líder nas pesquisas. Hoje ele vê o PT como alternativa nesse sentido. A união das duas legendas cairia como uma luva para Dilma, já que Serra deve aproveitar o palanque de Roriz em Brasília. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.