Vítimas de estupro denunciam falhas da justiça nos EUA
Ex-militares americanos que foram vítima de estupro quando estavam nas Forças Armadas denunciaram ao Senado que os agressores continuam impunes
Da Redação
Publicado em 14 de março de 2013 às 09h46.
Washington - Ex-militares americanos que foram vítima de estupro quando estavam nas Forças Armadas contaram a traumática experiência em uma audiência no Senado e pediram mudanças na justiça militar.
Quatro vítimas - três mulheres e um homem - relataram na quarta-feira aos congressistas como foram atacadas sexualmente e perseguidas, que os agressores não receberam punição e as represálias e intimidação que sofreram sob um código legal que oferecia pouco auxílio.
"A justiça penal militar está quebrada", disse Rebekah Havrilla, ex-sargento do exército.
Havrilla afirmou que foi violentada por um integrante de sua unidade ao fim de uma missão no Afeganistão em 2007, onde atuou como especialista em bombas.
O estuprador divulgou fotos dela durante o estupro na internet, o que a estimulou a denunciar o crime às autoridades militares.
Apesar de ter descrito o crime em longas sessões de interrogatório com investigadores, o agressor nunca foi punido.
Em determinado momento, ela pediu ajuda ao capelão do exército, que afirmou "entre outras coisas, que o estupro havia sido a vontade de Deus e que Deus tentava atrair minha atenção para retornasse à igreja", contou.
As vítimas afirmaram ao subcomitê das Forças Armadas do Senado que o código legal militar deveria ser alterado, para que não se permita aos comandantes impor sua autoridade em casos que envolvem os subordinados.
"O que precisamos é um sistema judicial militar justo e imparcial, dirigido por especialistas legais profissionais, não comandantes de unidade", disse Havrilla.
Os senadores concordaram e interrogaram ainda advogados militares e oficiais em uma segunda audiência sobre um caso recente no qual um genral da Força Aérea modificou um veredicto de culpa contra o coronel James Wilkerson, que enfrentava uma condenação de um ano de prisão por agressão sexual.
Diante da estupefação dos congressistas, o secretário de Defesa Chuk Hagel ordenou a revisão do caso Wilkerson e das normas militares que autorizam os comandantes a reverter veredictos.
Washington - Ex-militares americanos que foram vítima de estupro quando estavam nas Forças Armadas contaram a traumática experiência em uma audiência no Senado e pediram mudanças na justiça militar.
Quatro vítimas - três mulheres e um homem - relataram na quarta-feira aos congressistas como foram atacadas sexualmente e perseguidas, que os agressores não receberam punição e as represálias e intimidação que sofreram sob um código legal que oferecia pouco auxílio.
"A justiça penal militar está quebrada", disse Rebekah Havrilla, ex-sargento do exército.
Havrilla afirmou que foi violentada por um integrante de sua unidade ao fim de uma missão no Afeganistão em 2007, onde atuou como especialista em bombas.
O estuprador divulgou fotos dela durante o estupro na internet, o que a estimulou a denunciar o crime às autoridades militares.
Apesar de ter descrito o crime em longas sessões de interrogatório com investigadores, o agressor nunca foi punido.
Em determinado momento, ela pediu ajuda ao capelão do exército, que afirmou "entre outras coisas, que o estupro havia sido a vontade de Deus e que Deus tentava atrair minha atenção para retornasse à igreja", contou.
As vítimas afirmaram ao subcomitê das Forças Armadas do Senado que o código legal militar deveria ser alterado, para que não se permita aos comandantes impor sua autoridade em casos que envolvem os subordinados.
"O que precisamos é um sistema judicial militar justo e imparcial, dirigido por especialistas legais profissionais, não comandantes de unidade", disse Havrilla.
Os senadores concordaram e interrogaram ainda advogados militares e oficiais em uma segunda audiência sobre um caso recente no qual um genral da Força Aérea modificou um veredicto de culpa contra o coronel James Wilkerson, que enfrentava uma condenação de um ano de prisão por agressão sexual.
Diante da estupefação dos congressistas, o secretário de Defesa Chuk Hagel ordenou a revisão do caso Wilkerson e das normas militares que autorizam os comandantes a reverter veredictos.