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Romney vai a Londres e critica organização das Olimpíadas

Candidato à presidência dos Estados Unidos, que foi ao Reino Unido para consolidar sua posição internacional, fez polêmicas declarações sobre a preparação das Olimpíadas

Mitt Romney: candidato republicano fez críticas à organização das Olimpíadas (Bill Pugliano/Getty Images)

Mitt Romney: candidato republicano fez críticas à organização das Olimpíadas (Bill Pugliano/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de julho de 2012 às 11h59.

Londres - O candidato republicano à presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, começou nesta quinta-feira em Londres uma visita destinada a consolidar sua posição internacional, mas marcada de cara por polêmicas declarações sobre a pouca preparação dos Jogos Olímpicos.

O candidato republicano organizou uma viagem de seis dias por países importantes: Grã-Bretanha, com a qual Washington tem uma relação privilegiada, Polônia e Israel, dois países importantes para a diplomacia americana.

Mas as declarações pouco diplomáticas de Romney ao canal NBC News em seu desembarque em Londres desataram uma polêmica: o republicano considerou "inquietante" e "pouco esperançosas" as falhas da empresa de segurança G4S, que motivaram uma mobilização maior de soldados para proteger os Jogos, e a finalmente anulada greve de agentes da alfândega britânica.

Fatos que as autoridades britânicas preferiam esquecer, ao invés da recordação de um convidado americano na véspera da cerimônia de abertura.

Além disso, o jornal Daily Telegraph atiçou o fogo ao divulgar declarações de um conselheiro de Romney que poderiam ser consideradas racistas, em uma cidade com muitas comunidades étnicas.


"Compartilhamos a mesma herança anglo-saxã e (Romney) pensa que a relação privilegiada é algo especial", teria afirmado um dos conselheiros ao jornal.

A frase pode ser entendida como uma referência velada às origens do presidente Barack Obama, primeiro chefe de Estado negro dos Estados Unidos, de pai queniano, destacou o Telegraph.

Apesar da porta-voz do candidato republicano ter desmentido as declarações, toda a situação passa uma imagem ruim para um candidato que busca justamente "desmentir a impressão que passa de não dominar os temas de política externa", segundo o jornal The Guardian.

A equipe de David Cameron insiste na grande relação do primeiro-ministro britânico com Obama. O premier não se reuniu com o candidato republicano quando visitou Washington em março.

Os republicanos americanos, aliados naturais dos conservadores britânicos na época de Margaret Thatcher, intensificaram o discurso de direita sob pressão do movimento "Tea Party". Agora, em temas como a proteção social, os impostos ou os direitos dos casais homossexuais, os dois partidos estão a anos-luz, segundo o Daily Telegraph.

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