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Vírus chikungunya representa ameaça de saúde para Américas

Vírus representa uma "ameaça sanitária de porte" para as zonas tropicais e subtropicais do continente americano, diz Instituto de Vigilância francês

Paciente é examinada por brigada médica para detecção de casos do vírus chikungunya, em Ayutuxtepeque, El Salvador (Jose Cabezas/AFP/AFP)
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Da Redação

Publicado em 8 de julho de 2014 às 16h06.

Paris - O vírus chikungunya representa uma "ameaça sanitária de porte" para as zonas tropicais e subtropicais do continente americano, onde é registrada uma epidemia nas Antilhas, destaca nesta terça-feira o INVS, Instituto de Vigilância francês.

"Concentrações populacionais, como a Copa do Mundo de junho de 2014 no Brasil, constituem situações favoráveis para a difusão viral e requerem medidas de prevenção específica", adverte este organismo sanitário público no Boletim Epidemiológico Semanal (BEH).

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O vírus, transmitido ao homem por mosquitos, causa febre alta e dores nas articulações.

A doença , para a qual não há tratamento específico ou vacina, pode ser muito prejudicial e, como a gripe, letal para pessoas fragilizadas.

Após surgir brutalmente, em novembro de 2013, nas ilhas francesas de San Martin e San Bartolomé, o vírus se disseminou progressivamente pela região das Antilhas.

A epidemia afeta atualmente vários países caribenhos, principalmente Guadalupe e Martinica, onde pode se intensificar com a temporada chuvosa, entre julho e novembro, aumentado a possibilidade do aumento do número de mosquitos, destacou o INVS.

De acordo com dados apresentados na semana passada pelo Ministério da Saúde, 90.000 foram afetadas em Guadalupe e Martinica desde o início da epidemia, em dezembro.

É difícil prever a evolução da epidemia nos dois departamentos (estados) franceses pelos muitos fatores relacionados com o clima, o meio ambiente e o grau de imunização da população.

Este vírus está presente agora em várias ilhas do Caribe e afeta também, embora de forma mais "moderada", a Guiana, segundo o INVS.

No continente americano, alguns casos autóctones foram registrados na América Central, como os oito casos confirmados em El Salvador, segundo o último balanço divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 3 de julho passado.

Esses casos autóctones designam as pessoas contaminadas localmente por mosquitos, não os de viajantes contaminados em uma região sabidamente infectada e que depois retornam com a doença para seus países.

Nos Estados Unidos são contados dezenas de casos, mas oficialmente todos importados por viajantes, segundo a OMS.

O INVS adverte para os riscos muito altos de epidemia nos países tropicais ou subtropicais do continente americano, onde abundam os mosquitos.

A introdução da doença em países "muito populosos" da América Latina, onde "a população é totalmente ingênua" perante este vírus, com o qual não tiveram contato, representa uma "ameaça sanitária de porte", destaca a organização.

O sul da Europa, onde se multiplicam os mosquitos "Aedes egypti", que transmitem a dengue e o chikungunya, é uma região afetada pelos riscos de introdução desta doença no verão, adverte o Instituto.

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