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Violência obriga deslocamento de 8 mil pessoas no Sudão do Sul

Combate entre as forças governamentais do país e o grupo rebelde Frente de Salvação Nacional no estado meridional de Yei River motivaram os deslocamentos

Sudão do Sul: militares armados são vistos durante uma cerimônia que marca a retomada do bombeamento de petróleo bruto em 20/02/2019 (Samir Bol/File Photo/Reuters)
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EFE

Publicado em 21 de fevereiro de 2019 às 15h33.

Yuba - Cerca de 8 mil pessoas foram obrigadas a se deslocar devido aos combates entre as forças governamentais do Sudão do Sul e o grupo rebelde Frente de Salvação Nacional no estado meridional de Yei River, alertaram nesta quinta-feira as autoridades locais.

O presidente Comissão de Assistência e Reconstrução de Yei River, Moses Mabe, disse à Agência Efe que essas 8 mil pessoas fugiram de suas casas nas últimas duas semanas e atualmente estão refugiadas "sob as árvores, sem comida nem água potável".

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Mabe acrescentou que o governo desta região "não dispõe de orçamento para ajudar estes deslocados".

Por isso, pediu às partes beligerantes que permitam o acesso das organizações humanitárias ao estado para oferecer assistência aos civis necessitados.

Os membros da Troika para o Sudão do Sul - integrada por Estados Unidos, Reino Unido e Noruega - expressaram ontem sua preocupação com a crescente violência nas proximidades da cidade de Yei.

Em comunicado conjunto, afirmam que a violência é "uma flagrante violação" do acordo de paz assinado em agosto de 2018, que foi rejeitado pela Frente de Salvação Nacional.

Além disso, a Troika destacou que milhares de sul-sudaneses tiveram que fugir para a República Democrática do Congo nos últimos dias.

Segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), pelo menos 5 mil pessoas fugiram do Sudão do Sul ao país vizinho e outras 8 mil se deslocaram nos arredores da cidade de Yei, depois que explodiram os combates entre o Exército e os rebeldes no último dia 19 de janeiro.

O conflito no Sudão do Sul entre o governo e a oposição armada começou no final de 2013 e as partes em conflito chegaram a um acordo no ano passado, que algumas facções rebeldes não acataram, por isso as hostilidades continuam em vários pontos do país.

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