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Vietnã nega vistos a delegação do Vaticano

A delegação deveria ir ao país para completar o processo de beatificação de um cardeal

O Vietnã e o Vaticano não têm oficialmente relações diplomáticas (Filippo Monteforte/AFP)
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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2012 às 11h22.

Hanói - Uma delegação do Vaticano que deveria ir ao Vietnã para completar o processo de beatificação de um cardeal não obteve o visto, informou nesta segunda-feira a arquidioceseo de Hanói.

A delegação deveria interrogar nesta semana testemunhas da Igreja em quatro dioceses onde viveu o cardeal François-Xavier Van Thuan, sobrinho do controverso ex-presidente sul-vietnamita e aliado dos Estados Unidos Ngô Dinh Diêm, no âmbito da investigação aberta em 2010 para sua beatificação.

"Mas a delegação não pôde ir porque o Estado vietnamita retirou seu visto", indicou uma fonte da arquidiocese de Hanói que pediu anonimato.

Uma semana antes da tomada de Saigon ao final da guerra do Vietnã, a Santa Sé nomeou Thuan como arcebispo coadjutor da metrópole, decisão que incomodou as novas autoridades.

Depois da reunificação do país, as novas autoridades de Hanói, que romperam relações diplomáticas com o Vaticano, prenderam o arcebispo.

Libertado após 13 anos, exilou-se em Roma em 1991. Depois foi vice-presidente do Conselho pontifical "Justiça e Paz" e foi nomeado cardeal por João Paulo II um ano antes de sua morte, em 2002.

O Vietnã e o Vaticano não têm oficialmente relações diplomáticas, mas nos últimos anos retomaram um diálogo importante, embora a questão dos terrenos que a Igreja reivindicava, confiscados depois da partida do colonizador francês, em 1954, continue sendo um contencioso importante entre os dois Estados.

A Igreja Católica vietnamita é a mais importante do sudeste asiático depois da filipina - mas minoritária, com seis milhões de fiéis entre 86 milhões de habitantes.

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A delegação deveria interrogar nesta semana testemunhas da Igreja em quatro dioceses onde viveu o cardeal François-Xavier Van Thuan, sobrinho do controverso ex-presidente sul-vietnamita e aliado dos Estados Unidos Ngô Dinh Diêm, no âmbito da investigação aberta em 2010 para sua beatificação.

"Mas a delegação não pôde ir porque o Estado vietnamita retirou seu visto", indicou uma fonte da arquidiocese de Hanói que pediu anonimato.

Uma semana antes da tomada de Saigon ao final da guerra do Vietnã, a Santa Sé nomeou Thuan como arcebispo coadjutor da metrópole, decisão que incomodou as novas autoridades.

Depois da reunificação do país, as novas autoridades de Hanói, que romperam relações diplomáticas com o Vaticano, prenderam o arcebispo.

Libertado após 13 anos, exilou-se em Roma em 1991. Depois foi vice-presidente do Conselho pontifical "Justiça e Paz" e foi nomeado cardeal por João Paulo II um ano antes de sua morte, em 2002.

O Vietnã e o Vaticano não têm oficialmente relações diplomáticas, mas nos últimos anos retomaram um diálogo importante, embora a questão dos terrenos que a Igreja reivindicava, confiscados depois da partida do colonizador francês, em 1954, continue sendo um contencioso importante entre os dois Estados.

A Igreja Católica vietnamita é a mais importante do sudeste asiático depois da filipina - mas minoritária, com seis milhões de fiéis entre 86 milhões de habitantes.

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