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Vídeo que mostra modelos como prostitutas causa polêmica

A associação francesa de defesa dos direitos das mulheres Osez le Féminisme criticou o vídeo, por entender que oferece uma visão glamourosa da prostituição


	Desfile da Louis Vuitton: o vídeo apresenta como prostitutas modelos como Cara Delevingne, Geórgia May Jagger e Saskia de Brauw, modelos da coleção de Louis Vuitton.
 (Getty Images)

Desfile da Louis Vuitton: o vídeo apresenta como prostitutas modelos como Cara Delevingne, Geórgia May Jagger e Saskia de Brauw, modelos da coleção de Louis Vuitton. (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 20 de março de 2013 às 16h51.

Paris - Um vídeo assinado por James Lima para a revista britânica "Love Magazine" causou polêmica na França ao mostrar como se fossem prostitutas, nas ruas de Paris, várias das modelos que apresentaram a última coleção da Louis Vuitton.

A associação francesa de defesa dos direitos das mulheres Osez le Féminisme criticou o vídeo, por entender que oferece uma visão glamourosa da prostituição.

A casa de moda, por sua vez, não quis fazer comentários sobre o clipe de três minutos e meio que utiliza imagens do desfile da coleção de outono/inverno desenhada por Marc Jacobs para a marca, mas fez saber que Louis Vuitton não encarregou sua gravação, informou "Le Parisien".

O vídeo apresenta como prostitutas modelos como Cara Delevingne, Geórgia May Jagger e Saskia de Brauw, modelos da coleção de Louis Vuitton apresentada na última Semana da Moda e em que a veterana Kate Moss foi a convidada surpresa.

Sobre uma canção de piano de Steve Mackney, a gravação mostra várias modelos com perucas castanhas caminhando nuas ou com camisões transparentes pelas ruas noturnas de Paris, encostadas em esquinas ou chamando a atenção de veículos, no que parece uma alusão à prostituição.

Ao fim da produção, que teve Katie Grand como diretora artística, criando um ambiente sensual e triste, aparecem imagens do desfile da Louis Vuitton.

"É um vídeo perturbador porque associa dois universos totalmente diferentes, o refinado da moda e um muito mais violento, da violência sexual", opinou o Osez le Féminisme em declaração ao "Le Parisien", jornal que se pergunta se a grife não terá querido ressuscitar o espírito do "pornô chique" do início dos anos 2000.

Por sua vez, o grupo ucraniano Femen, que habitualmente organiza protestos em que mulheres nuas gritam palavras de ordem sobre seus corpos, indicou que "mais uma vez, se utiliza a nudez das mulheres para fazer barulho e para vender roupa". 

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