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Vice-presidente dos EUA condena censura da internet em Istambul

Até 2010, a Turquia censurava canais de comunicação populares, como o YouTube e o Google

Mão em um notebook (Tang Chhin Sothy/AFP)

Mão em um notebook (Tang Chhin Sothy/AFP)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2011 às 10h35.

Istambul - É um contrassenso impedir o uso da internet para livre expressão, mas ao mesmo tempo usá-la para os negócios, afirmou neste sábado Joe Biden, vice-presidente dos Estados Unidos em visita a Turquia desde sexta-feira.

O político fez a declaração em discurso na Cúpula Global de Empreendedores, aberta neste sábado em Istambul, em uma clara alusão aos casos de censura na internet no país, um importante aliado dos EUA na Otan.

'Não existe uma internet econômica, outra política e outra social, mas uma só', disse o governante americano.

Até 2010, a Turquia censurava canais de comunicação populares, como o YouTube e o Google, que recentemente passou por um intensa polêmica por conta de uma lei que previa a instalação de filtros obrigatórios. O caso já foi superado.

'O próximo Steve Jobs pode ser turco', destacou Biden, ressaltando o valor dos talentos criativos, mas 'não há idéias se não existe liberdade para desenvolvê-las' e não haverá inovação 'sem um Governo que garanta o direito de pensar diferente'.

A frase pode ser entendida como uma crítica velada às prisões de jornalistas e intelectuais nos últimos meses na Turquia, e que geraram manifestações neste sábado no país.

Biden criticou, além disso, a pirataria intelectual e ressaltou a importância da igualdade entre mulheres e homens para o desenvolvimento econômico.

Às 13h30 (9h30 de Brasília) deste sábado, Biden fez uma visita ao primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que acaba de passar por uma cirurgia de estômago e descansa em sua casa em Istambul, de acordo com a emissora 'CNNTürk'.

No domingo, após uma reunião com o patriarca ecumênico Bartolomeu II, líder da Igreja Ortodoxa, Biden parte para Atenas, na Grécia.

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