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Vice de Odinga critica apuração da eleição queniana

Ele disse que os resultados foram "manipulados" após a votação de segunda-feira e pediu a interrupção da apuração

Kalonzo Musyoka concede coletiva de imprensa em Nairobi: "em alguns casos, o número total de cédulas supera o de eleitores registrados", afirmou (Tony Karumba/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 7 de março de 2013 às 09h09.

Nairobi - O companheiro de chapa do primeiro-ministro queniano Raila Odinga na eleição presidencial, Kalonzo Musyoka, denunciou nesta quinta-feira que os resultados foram "manipulados" após a votação de segunda-feira e pediu a interrupção da apuração.

"Temos provas de que os resultados que recebemos foram manipulados. Em alguns casos, o número total de cédulas supera o de eleitores registrados", afirmou.

Musyoka, que deseja permanecer em seu cargo atual de vice-presidente ao lado de Odinga, denunciou ainda que alguns observadores de sua coalizão, Cord, "foram expulsos dos centros de contagem dos votos".

"Não conseguimos verificar os resultados. Isto afeta todos os partidos", completou.

O político disse que suas acusações não são um incentivo para que as pessoas saiam às ruas em protesto.

"Estamos aferrados ao Estado de direito", disse.

"Mas, com todas as preocupações, a apuração deve ser interrompida".

Os quenianos aguardam os resultados definitivos da eleição.

Em 2007, o anúncio da vitória do então presidente Mwai Kibaki (que não disputou a eleição este ano) sobre Odinga provocou distúrbios e atos violentos que deixaram mais de mil mortos.

Segundo os resultados parciais anunciados pela Comissão Eleitoral queniana, o principal adversário de Odinga, o vice-primeiro-ministro Uhuru Kenyata, tem uma grande vantagem.

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"Temos provas de que os resultados que recebemos foram manipulados. Em alguns casos, o número total de cédulas supera o de eleitores registrados", afirmou.

Musyoka, que deseja permanecer em seu cargo atual de vice-presidente ao lado de Odinga, denunciou ainda que alguns observadores de sua coalizão, Cord, "foram expulsos dos centros de contagem dos votos".

"Não conseguimos verificar os resultados. Isto afeta todos os partidos", completou.

O político disse que suas acusações não são um incentivo para que as pessoas saiam às ruas em protesto.

"Estamos aferrados ao Estado de direito", disse.

"Mas, com todas as preocupações, a apuração deve ser interrompida".

Os quenianos aguardam os resultados definitivos da eleição.

Em 2007, o anúncio da vitória do então presidente Mwai Kibaki (que não disputou a eleição este ano) sobre Odinga provocou distúrbios e atos violentos que deixaram mais de mil mortos.

Segundo os resultados parciais anunciados pela Comissão Eleitoral queniana, o principal adversário de Odinga, o vice-primeiro-ministro Uhuru Kenyata, tem uma grande vantagem.

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