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Venezuela rejeita "intromissão" dos EUA em referendo

"A Venezuela rejeita energicamente (as) declarações (...) que constituem uma intromissão inaceitável", afirmou a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez

Venezuela: na quarta-feira (21), o CNE anunciou que o referendo poderá acontecer "em meados do primeiro trimestre de 2017", o que impossibilita a realização de novas eleições (Carlos Garcia Rawlins / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2016 às 16h06.

A Venezuela rejeitou como uma "intromissão inaceitável" a declaração dos Estados Unidos , que manifestaram sua preocupação com o anúncio do Conselho Nacional Eleitoral de que o referendo contra o presidente Nicolás Maduro não vai acontecer em 2016.

"A Venezuela rejeita energicamente (as) declarações (...) que constituem uma intromissão inaceitável", afirmou a chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, no Twitter, ao se referir ao pronunciamento do porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby.

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A ministra, que está em Nova York representando Maduro na Assembleia Geral da ONU, exigiu do governo americano "respeito e apego absoluto" ao Direito Internacional.

Rodríguez reiterou a Washington que os poderes públicos na Venezuela são autônomos, independentes e soberanos, pois "não respondem a pretensões nem a ordens imperiais".

Ela declarou ainda que "um mal exemplo de democracia e processos eleitorais viciados é o sistema que os Estados Unidos têm".

"É um sistema onde governam os lobbies econômicos e financeiros sem atender às necessidades do povo americano", insistiu.

Na quinta-feira (23), Kirby disse que os anúncios do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), as "restrições" à imprensa e ações contra o Parlamento "privam os cidadãos venezuelanos da oportunidade de planejar o futuro de seu país".

O assessor pediu ainda ao governo Maduro que "se comprometa com um diálogo sério, tanto com a oposição quanto com os venezuelanos de todo o espectro político".

Na quarta-feira (21), o CNE anunciou que o referendo poderá acontecer "em meados do primeiro trimestre de 2017", o que impossibilita a realização de novas eleições.

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