Mundo

Militar morre após confronto em protesto na Venezuela

Enquanto isso, em Caracas, a polícia expulsou pessoas de barricadas após os atos de violência dos últimos dias


	Protesto contra o governo da Venezuela: capital venezuelana e outras cidades do interior têm sido cenário há mais de um mês de protestos de rua contra governo de Nicolás Maduro
 (Jorge Silva/Reuters)

Protesto contra o governo da Venezuela: capital venezuelana e outras cidades do interior têm sido cenário há mais de um mês de protestos de rua contra governo de Nicolás Maduro (Jorge Silva/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 17h19.

Caracas - Um militar venezuelano morreu depois de ser atingido com um tiro na cabeça durante um incidente em manifestação na cidade de Maracay, em Aragua, anunciou nesta segunda-feira o governador do estado, Tareck El Aissami.

Enquanto isso, em Caracas, a polícia expulsou pessoas de barricadas após os atos de violência dos últimos dias.

O capitão da Guarda Nacional José Guillen Araque morreu após um incidente na noite de domingo, informou o governador em sua conta no Twitter.

El Aissami não deu mais detalhes sobre o ocorrido e disse apenas que o militar foi "assassinado por grupos fascistas".

O oficial teria morrido durante confronto com um grupo que mantinha uma avenida bloqueada, segundo o jornal regional El Periodiquito em sua página na internet. No domingo, ocorreram protestos de rua em Maracay, conforme reportagens de meios de comunicação locais.

A capital venezuelana e outras cidades do interior do país têm sido cenário há mais de um mês de protestos de rua violentos contra o governo do presidente Nicolás Maduro, que deixaram pelo menos 26 mortos, entre eles quatro integrantes da Guarda Nacional, além de 365 feridos e mais de 1 mil presos, dos quais 106 permanecem detidos.

Universitários e opositores, principalmente de classe média, protagonizam desde fevereiro manifestações contra a elevada inflação, o desabastecimento de produtos básicos e a crescente criminalidade.

Enquanto isso, em Caracas, a Guarda Nacional realizou uma operação para retomar a Praça Altamira e desocupou as "guarimbas", como são conhecidas localmente as barricadas que ficaram instaladas lá por dias, disse o ministro do Interior, Justiça e Paz, Miguel Rodríguez Torres, à rede de TV Venezolana de Televisión.

"Estamos restaurando o direito (de ir e vir) a milhares de cidadãos de Chacao que estavam resguardados em suas casas por causa das ações violentas." Rodríguez disse ainda que continuarão sendo feitas patrulhas no local para garantir a livre circulação de cidadãos. Fonte: Associated Press.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaMortesNicolás MaduroPolíticosProtestosProtestos no mundoVenezuelaViolência política

Mais de Mundo

Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã

ONU denuncia roubo de 23 caminhões com ajuda humanitária em Gaza após bombardeio de Israel

Governo de Biden abre investigação sobre estratégia da China para dominar indústria de chips

Biden muda sentenças de 37 condenados à morte para penas de prisão perpétua