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Venezuela liberta quatro ativistas antigoverno, diz oposição

Ativistas exigem ainda a soltura de mais 100 prisioneiros, que segundo a oposição, também estão detidos injustamente

Prisões: eles estão entre os oposicionistas menos conhecidos de Maduro que foram encarcerados desde que o líder venceu a eleição em 2013 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Prisões: eles estão entre os oposicionistas menos conhecidos de Maduro que foram encarcerados desde que o líder venceu a eleição em 2013 (REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

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Reuters

Publicado em 13 de dezembro de 2016 às 13h39.

Caracas - A Venezuela libertou nesta terça-feira mais quatro opositores do presidente, Nicolás Maduro, mas ativistas exigiram a soltura imediata de mais de 100 outros que dizem também estarem presos injustamente, disseram líderes da oposição e familiares.

"Estes quatro foram libertados de madrugada, às 2h (horário local). É claro, temos que expressar alguma satisfação. Mas... todos os presos políticos são inocentes, todos eles merecem a liberdade", disse Jesús Torrealba, chefe da coalizão oposicionista.

Não houve comunicado oficial do governo a respeito das libertações.

Os quatro - o mensageiro de banco Gilberto Sojo, o engenheiro Vladimir Araque, o general aposentado Romer Mena e o advogado Leopoldo D'Alta - foram presos em 2014 e 2015 devido a várias acusações de fomento à violência e complô contra o governo socialista. Todos eles negam as acusações.

Eles estão entre os oposicionistas menos conhecidos de Maduro que foram encarcerados desde que o líder venceu a eleição que escolheu o substituto de Hugo Chávez em 2013.

O governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) diz que seus adversários, incentivados pelos Estados Unidos, querem tomar o poder através de um golpe e nega a existência de presos políticos na Venezuela.

Mas críticos afirmam que Maduro transformou o país-membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) em uma ditadura, ultrapassando de longe seu antecessor Chávez no tocante à repressão política.

O tema dos prisioneiros esteve no topo da pauta das conversas entre o governo e a oposição que foram mediadas pelo Vaticano e começaram no final de outubro, mas emperraram nos últimos dias.

A soltura dos quatro nesta terça-feira veio na sequência da libertação de meia dúzia de outros ativistas de oposição, parte dos gestos de boa vontade resultantes do início das conversas.

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