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Venezuela liberta líder das Farc para estar em negociações

Colômbia cancelou uma solicitação feita à Venezuela para que participe de negociações de paz realizadas em Cuba


	Membro das Farc: governo do presidente Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionária da Colômbia negociam há mais de um ano em Cuba um acordo de paz para pôr fim a um conflito interno
 (Luis Robayo/AFP)

Membro das Farc: governo do presidente Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionária da Colômbia negociam há mais de um ano em Cuba um acordo de paz para pôr fim a um conflito interno (Luis Robayo/AFP)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2014 às 07h37.

Bogotá - A Colômbia cancelou uma solicitação feita à Venezuela pela extradição de um líder da guerrilha de esquerda Farc para que participe de negociações de paz realizadas em Cuba, e assim as autoridades venezuelanas o colocarão em liberdade, informou na quinta-feira o governo de Bogotá.

O procedimento vai beneficiar Guillermo Enrique Torres, conhecido como "Julián Conrado", preso em meados de 2001 na Venezuela, com pedido de extradição da Colômbia por crimes como terrorismo, rebelião, sequestro e tráfico de drogas.

"O governo da Colômbia se permite informar que retirou e cancelou ante o governo da Venezuela as solicitações de extradição que pesavam contra Guillermo Enrique Torres Cueter, conhecido como 'Julián Conrado', que fará parte da delegação das Farc nos diálogos de paz em Havana, Cuba", disse um comunicado do Escritório do Alto Comissionado para a Paz.

O guerrilheiro, que estava preso na Venezuela, fez parte da chamada "comissão temática" das Farc nas fracassadas negociações de paz entre 1999 e 2002 com o governo de Andrés Pastrana, na região de Caguán, no sul da Colômbia.

O governo do presidente Juan Manuel Santos e as Forças Armadas Revolucionária da Colômbia (Farc) negociam há mais de um ano em Cuba um acordo de paz para pôr fim a um conflito interno de quase 50 anos, que deixou mais de 200 mil mortos.

O governo e a guerrilha, que já chegaram a acordos parciais sobre reforma agrária e as garantias políticas para a oposição, buscam atualmente uma solução para a questão do tráfico de drogas.

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