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Venezuela lamenta declarações de Kerry sobre transição

O senador democrata afirmou em pronunciamento no Congresso que existe a possibilidade de uma transição na Venezuela dada a situação de Chávez

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 24 de janeiro de 2013 às 22h55.

Caracas- O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Elías Jaua, lamentou nesta quinta-feira as declarações do senador democrata John Kerry, nomeado pelo presidente Barack Obama o novo secretário de Estado dos Estados Unidos, sobre a possibilidade de uma transição no país sul-americano.

"Lamentamos muito que o novo secretário de Estado dos EUA nem sequer tenha começado a sua gestão e já começa a assumir uma posição e uma opinião sobre os assuntos internos da Venezuela", indicou Jaua em uma comunicação por telefone durante uma entrevista coletiva oferecida em Caracas pelo ministro da Comunicação, Ernesto Villegas.

Durante sua audiência de confirmação do cargo, no Congresso dos EUA, Kerry considerou que há a possibilidade de uma transição na Venezuela devido às circunstâncias vivida pelo país e citou a Colômbia como exemplo do tipo de relação que quer manter com os países da América Latina.

"Esperamos que se retifique essa atitude em função de alcançar o que todos queremos: relações mútuas de respeito entre EUA e Venezuela", assinalou Jaua, que chegava de Havana, onde visitou o presidente venezuelano, Hugo Chávez, hospitalizado desde 11 de dezembro em seu tratamento contra o câncer.

O chanceler, nomeado há 15 dias, ressaltou que Chávez "fez muitos esforços e enviou muitas mensagens", além de dar orientações a seus colaboradores, para tentar retomar "relações de respeito com os EUA".


Venezuela e EUA retomaram recentemente os contatos a fim de melhorar suas relações, imersas em um de seus pontos mais baixos desde que no final de 2010 cada um dos países ficou sem embaixador na outra nação.

A isso se somaram nos últimos meses vários incidentes, como as sanções do Departamento do Tesouro dos EUA à estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA) por suas relações com o Irã e o fechamento do Consulado da Venezuela em Miami após a expulsão do cônsul por parte de Washington.

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