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Venezuela está perto de ser "narco-estado", diz diplomata dos EUA

O diplomata defendeu as sanções impostas por Washington a Caracas, em particular as emitidas contra Maduro

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro (Miraflores Palace/Handout/Reuters)

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AFP

Publicado em 23 de setembro de 2017 às 19h24.

A Venezuela está próxima de se transformar em um "narco-estado", declarou nesta sexta-feira William Brownfield, subsecretário de Assuntos Internacionais de Narcóticos do departamento americano de Estado.

Segundo Brownfield, "sem qualquer dúvida" o governo do presidente Nicolás Maduro está "infiltrado" e é "influenciado" pelo tráfico de drogas.

"Narco-estado para mim quer dizer um Estado cujo governo é formado ou dominado por representantes da indústria da droga ilícita e, neste momento, a Venezuela se aproxima deste ponto", disse o funcionário a jornalistas.

O diplomata defendeu as sanções impostas por Washington a Caracas, em particular as emitidas contra Maduro e seus colaboradores, acusados de atentar contra a democracia, promover a corrupção e violar os direitos humanos.

"É importante recordar não apenas aos venezuelanos, mas (ao resto do mundo) que tipo de pessoas estão envolvidas com este governo".

"Provavelmente teremos mais sanções durante os próximos meses e, na verdade, acredito que isto será uma boa ideia", disse Brownfield, que considera um fato o envolvimento de membros do governo venezuelano com o narcotráfico.

Brownfield, que foi embaixador em Caracas entre 2004 e 2007, lamentou a situação neste país sul-americano, mergulhado nos últimos anos em uma grave crise política e econômica.

"A Venezuela de hoje é muito distinta da Venezuela de há dez anos, e em quase todos os sentidos de uma maneira negativa".

Brownfield destacou o compromisso dos Estados Unidos com o princípio de não intervenção nos assuntos internos de um Estado, mas recordou o "direito de uma comunidade de nações" de garantir que um povo tenha acesso à alimentação, saúde, segurança e respeito aos direitos humanos e políticos.

"Temos que ver até que ponto um governo pode insistir em seu direito de não intervenção diante da obrigação de cuidar do próprio povo", disse Brownfield, advertindo que a "explosão" na Venezuela terá impacto em toda a região.

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