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Venezuela criará regulamentação contra anonimato na internet

O funcionário considerou que por trás de cada conta ou perfil na internet deve haver uma pessoa autenticada, independentemente da plataforma

Venezuela: Méndez assegurou que no país "não há nenhum tipo de censura" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Venezuela: Méndez assegurou que no país "não há nenhum tipo de censura" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de junho de 2017 às 22h05.

Caracas - A Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) da Venezuela informou nesta segunda-feira que está trabalhando em um regulamento para eliminar o anonimato nas redes sociais, em meio aos rumores e informações que são divulgados através da internet enquanto o país vive uma onda de protestos.

"O primeiro que devemos eliminar (...) é o anonimato da internet e as redes sociais, o mais breve e urgente possível", disse o diretor-geral da Conatel, Andrés Eloy Méndez, em entrevista à emissora privada "Unión Radio".

Sobre essa base, Méndez adiantou que uma equipe de investigação, com colaboração internacional, está "estudando, analisando e trabalhando" para estabelecer um "mecanismo regulamentar".

O funcionário considerou que por trás de cada conta ou perfil na internet deve haver uma pessoa autenticada, independentemente da plataforma utilizada, a quem possa ser atribuída a autoria dessa conta.

"O anonimato não pode continuar nas redes sociais. A senhora pode dizer o que quiser, mas tem que ser responsável por isso e não pode fazê-lo anonimamente", ressaltou.

Na última sexta-feira, uma delegação de estudantes de várias universidades da Venezuela entregou um documento à Conatel para que acabe a "censura" aos meios de comunicação e a "perseguição" que, asseguram, os jornalistas sofrem no país.

Os estudantes alegaram que este organismo serve de "instrumento politico para cercear a liberdade de expressão na Venezuela".

Nesse sentido, Méndez assegurou que no país "não há nenhum tipo de censura", mas argumentou que as informações publicadas na internet devem "atender à legalidade".

"Você não pode ter uma página na internet, colocar um nome anônimo e, então, mandar a assassinar o vizinho (...) ou mandar descarregar a raiva, como alguns fazem, então depois há mortes", acrescentou.

O diretor da Conatel também informou que a comissão de telecomunicações, em conjunto com a companhia telefônica venezuelana Cantv, executa um projeto para expandir a banda larga no país.

A onda de protestos que há 73 dias sacode o país provocou alguns fatos violentos que causaram 67 mortes e deixaram mais de mil feridos, segundo dados da Procuradoria.

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