Mundo

Venezuela assina acordos milionários com Repsol e Chevron

Caracas - O governo da Venezuela assinou nesta quarta-feira acordos com dois consórcios liderados pela espanhola Repsol e pela americana Chevron para explorar petróleo em dois blocos do país sul-americano, que atrairão um investimento de até 40 bilhões de dólares. Os dois consórcios foram vencedores em duas licitações organizadas em fevereiro para a concessão da […]

Chávez diz que assinou convênios fazendo uso da soberania do país (.)

Chávez diz que assinou convênios fazendo uso da soberania do país (.)

DR

Da Redação

Publicado em 12 de maio de 2010 às 18h15.

Caracas - O governo da Venezuela assinou nesta quarta-feira acordos com dois consórcios liderados pela espanhola Repsol e pela americana Chevron para explorar petróleo em dois blocos do país sul-americano, que atrairão um investimento de até 40 bilhões de dólares.

Os dois consórcios foram vencedores em duas licitações organizadas em fevereiro para a concessão da exploração dos blocos Carabobo 1 e 3 da riquíssima Faixa de Orinoco (leste da Venezuela).

Segundo o ministro de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez, o investimento será "entre 15 e 20 bilhões por projeto". A produção em cada bloco oscilará entre 400 e 480 mil barris por dia.

O presidente-executivo da Repsol, Antonio Brufau, e o presidente da Chevron para a África e América Latina, Ali Moshiri, participaram da assinatura dos acordos, na qual também esteve presente o presidente Hugo Chávez.

As empresas estrangeiras criaram, como rege a lei local, empresas mistas com a Corporação Venezuelana de Petróleo (CVP), filial da estatal Petróleos de Venezuela (PDVSA), que ostentará 60% das participações em cada projeto.

Para conquistar esses projetos, o consórcio liderado pela Repsol teve que pagar ao Estado venezuelano um bônus de 1,05 bilhão de dólares, e o liderado pela Chevron, 1 bilhão de dólares.

"Assinamos esses convênios fazendo uso de nossa independência e soberania", disse Chávez.

O governo venezuelano, que recuperou em 2007 o controle dos recursos petroleiros, acelerou as concessões na Faixa do Orinoco e deseja finalizar neste ano a seleção de sócios estrangeiros para se concentrar na produção.

Segundo Ramírez, apenas nessa Faixa da Venezuela estima-se a produção de 4,6 milhões de barris por dia (mbd) em 2020. Para 2021, disse o ministro nesta quarta-feira, a produção total de petróleo na Venezuela será de 6,8 mbd, frente os 3,011 mbd atuais.

A Venezuela, segundo país do mundo com os maiores depósitos de petróleo, tem reservas de 211.173 milhões de barris e deseja elevá-las até os 316.000 a médio prazo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaEnergiaPetróleoVenezuela

Mais de Mundo

Biden assina projeto de extensão orçamentária para evitar paralisação do governo

Com queda de Assad na Síria, Turquia e Israel redefinem jogo de poder no Oriente Médio

MH370: o que se sabe sobre avião desaparecido há 10 anos; Malásia decidiu retomar buscas

Papa celebrará Angelus online e não da janela do Palácio Apostólico por resfriado