Tóquio/Seul - As vendas de veículos novos no Japão em junho caíram mais de 20 por cento, pressionadas pela interrupção da cadeia fornecedora de peças provocada pelo terremoto de março. Apesar disso, os dados sugerem uma grande melhora em relação aos meses anteriores.

Na Coreia do Sul, a Hyundai Motor e a Kia Motors apresentaram crescimentos de dois dígitos, conforme a Hyundai avançou sobre o mercado das montadoras japonesas.

As vendas de veículos japoneses, excluindo os microcarros de 660 cilindradas, caíram 23 por cento, para 225.024 unidades no mês passado, marcando o décimo mês de recuo consecutivo. Mas representantes do setor divulgaram um raro tom otimista sobre o resultado, afirmando que as vendas começam a mostrar melhora.

"A tendência de recuperação é muito clara", disse Michiro Saito, gerente-geral da Associação de Distribuidores de Automóveis do Japão, a jornalistas. "Continuamos tendo algum tipo de incerteza sobre a demanda futura, mas esperamos que lançamentos de novos modelos vão ajudá-la", disse ele.

Em maio, as vendas de automóveis do Japão caíram em cerca de 30 por cento, para o menor nível para o mês desde 1968.

Em junho, o Japão registrou vendas de 10.228 carros por dia em média, alta ante as 7.482 unidades de maio e as 5.441 unidades de abril.

Toyota, Nissan e Honda, as três maiores montadoras de veículos do Japão, disseram anteriormente que estão próximas de produzir a mesma quantidade de carros que planejavam antes do terremoto, com apenas alguns componentes importantes ainda afetados por escassez.

Incluindo os miniveículos, que são contabilizados separadamente, as vendas de veículos novos no Japão, terceiro maior mercado do mundo, caíram 22 por cento, para 351.828 unidades, em junho.

Enquanto isso, as vendas globais da Hyundai subiram 12,3 por cento, para um recorde mensal em junho, apoiadas por grande volume de licenciamentos nos Estados Unidos, China, Índia e Coreia do Sul. As vendas da Kia dispararam 22 por cento.